"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 5 de maio de 2012

CRISE NA VENEZUELA

"NARCO-GENERAIS" SE DEVORAM NO RESCALDO DO QUE RESTA DO CHAVISMO PÓS-CHÁVEZ
O ministro de Defesa venezolano, Henry Rangel (direita, junto ao chanceler venezuelano, Maduro (centro) y el chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, em uma reunião da Unasur em Cartagena de Indias, na Colômbia. (Foto: ABC).
Esta reportagem que segue é do jornal espanhol ABC. Fiz uma tradução livre e ligeira para o português e, ao final dou o link para a leitura no original em espanhol. Na verdade, a reportagem revela que Hugo Chávez é o grande capo CRISEda droga e mais da metade dos entorpecentes que entram na Europa, segundo órgão da ONU, procedem da Venezuela. Além disso é também a Venezuela que abastece os Estados Unidos com envio da droga por meio da máfia mexicana. Essa operação, segundo o jornal, também tem utilizado Cuba como uma espécie de entreposto alternativo.
ABC diz que a luta travada dentro do chavismo não é apenas pelo controle político da Venezuela, mas também pelo domínio do tráfico de entorpecentes. Os famigerados comunistas das FARC são os principais fornecedores do bagulho em grande escala. Um general-de-divisão reformado da Venezuela, que vive nos Estados Unidos, acaba de fazer revelações estarrecedoras.Vale a pena ler:
A guerra pelo poder aberta no chavismo venezauelano não é somente pelo controle político, mas também pelo domínio do tráfico de drogas, esferas que na realidade estão muito entrelaçadas a julgar pelas informações cada mais completas que estão saindo à luz. Um detalhado informe é o apresentado pelo general-de-divisão reformado, Carlos Julio Peñaloza, que reside nos Estados Unidos.
O assassinato a tiros no dia 19 de abril passado, do general Wilmer Moreno "o início de uma guerra entre bandos rivais de trarficantes de dorgas", segundo afirma Peñaloza. Vários dos altos comandos militares implicados em narcóticos pertenceram à camarilha de Hugo Chávez de seus primeiros anos no Exército, e se tem visto favorecidos por ele ao longo de suas carreiras, como Moreno, o capitão Luiz Aguilarte, também assassinado nos últimos dias, ou Henry Rangel, atual ministro de Defesa. Alguns estão dentro de bandos de drogas rivais.
APURE, TÁCHIRA, CARABOBO
Durante muito tempo o negócio da droga esteve dominado por Walid Makled, um civil que contou com a cobertura de governadores militares onde operava. Entre 2000 e 20065, Makled estabeleceu uma rede que recolhia a droga das FARC dos planos colombianos através das fronteiras com os estados venezuelanos de Apure e Táchira (seus governador, Luiz Aguilarte e Blanco de la Cruz, respectivamente, amparavam as operações) e era transportada até a cidade de Valencia, para sder embarcada em Puerto Cabello (tudo isso no Estado de Carabobo, cujo governador, Luiz Felipe Acosta, também dava proteção).
Com o tempo, a rede de Makled, conhecida como cartel de Beirut pela origem libanesa do capo, começou a ter competência devido à implicação direta no negócio de comandos do Exército, no que acabaria sendo o Cartel dos Soles, cuja figura central é o general Clíver Alcalá, hoje erigido como o grande "czar da droga" da Venezuela.
Atuando no estado de Zulia, que também tem fronteira com a Colômbia, em zona montanhosa, Alcalá também negociou com as FARC e conseguiu por em marcha outra via de entrada da droga à Venezuela. Para boicotar essa intrusão em seu negócio, em 2005 Makled deu aviso à Guarda Nacional de um transporte do Cartel dos Soles, que provovou a detenção do tenente coronel Pedro Maggino.
 Este seria julgado com benevolência num juízo articulado pelo juiz Eladio Aponte Aponte, por pressão diretas de Hugo Chávez e outras altas personalidades do regime, segundo gtem denunciado o ponte, na realidade, trabalhava para os dois cartéis, ainda que quando entravam em colisão seu dever político esteve às ordens que lhe chegavam de Chávez. Durante anos esteve cobrando cerca de US$ 70 mil dólares mensais de Makled, segundo assegura Aponte, que, além disso, dispunha de um documento firmando por Aponte que lhe servia de salvo-conduto.
Quando em 2007 o general Alcalá foi designado para Valencia, tentou tomar a infra-estrutura que o cartel de Beirut possui ali e em Puerto Cabello. Foi aí que desencadeou uma guerra entre ambas as máfias. Makle foi detino ao ser flagrado em sua fazenda com 400 quilos de cocaína, cuja colocação foi atribuída a Alcalá.
Makled furiu para a Colômbia e foi extraditado em 2011. Seu julgamento começa agora, e é o que tem propiciado a fuga para os Estados Unidos do juiz Eladio Aponte, para evitar um ajuste contas, que já fez diversas mortes.
Com o cerco cada vez maior do Governo colombiano às FARC, a maior parte do tráfico de drogas circula através do território venezuelano.
A agência das Nações Unidas contra a droga e o crime calcula que a metade da droga que chega a Europa sai da Venezuela, que além disso exporta para os Estados Unidos através do México (com escala primeiro no Haiti e na República Dominicana, e após na Guatemala e Honduras, que é onde estão os centros de recepção mexicanos). Mudanças políticas em alguns desses países têm obrigado a uma via alternativa através de Cuba, usando mais a via marítima que a aérea. Para LER NO ORIGINAL EN ESPAÑOL clique AQUI

05 de maio de 2012
aluizio amorim

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