Caro José Carlos Werneck, em 1960, janeiro, quando eu, a minha mãe e meu irmão, descemos na grandiosa Rodoviária de Brasília (Plano Piloto) ainda em construção, levávamos nas nossas sacolas a esperança, a possibilidade de se obter realizações pessoais e profissionais através da oferta de trabalho em profusão que a nova capital do Brasil oferecia.
Para quem vinha do sul, o cerrado do Planalto Central descortinava uma realidade jamais sonhada, de trabalho árduo, sem água e luz (moramos assim durante um ano em Taguatinga), mas compensado por uma cidade que abraçava cada pessoa que lá chegava com o intuito de crescer junto àquelas magníficas construções, esplanadas, blocos de ministérios, Eixo Rodoviário, a Barragem do Lago Paranoá, os pequenos viadutos que evitariam os cruzamentos, e a inacabada Asa Norte, que cedia seus largos espaços às sedes de construtoras e uma que outra oficina, mais nada.
As cidades satélites recebiam este povo corajoso, determinado a provisoriamente deixar suas cidades de origem em busca de melhores condições de vida e riqueza ou até mesmo formarem famílias em Taguatinga, Gama, Sobradinho e Núcleo Bandeirante, as quatro que existiam na minha época, além do Setor de Indústria e Abastecimento, entre Taguatinga e o Plano Piloto.
Não havia crimes, drogas, assaltos, todos se davam bem. Gaúchos, mineiros, baianos, cearenses, cariocas, paulistas, e gente de muitos outros países. A vida era uma confraternização. Um parque de diversões que chegava, por mais humilde, chegava era uma festa aos fins de semanas! O circo era um encantamento.
Lembro-me com tristeza quando o Gran Circo Norte-Americano esteve em Brasília antes da sua tragédia em Niterói, matando perto de 500 pessoas, no maior incêndio da América Latina até hoje, se não me engano.
Enfim, Werneck, eu sou do tempo que Brasília não era abandonada deste jeito; que não era maltratada como está sendo; que tinha o carinho de todos nós, e ela por aqueles que a erigiam imponente e incomparável na majestosa paisagem do Planalto. Os sonhos acabam.
Mas o avanço da pobreza neste país tem um plano sub-reptício, que aos poucos passa a se mostrar e não será nada agradável quando se mostrar por completo, a comprovar o que afirmo, a inoperância e incapacidade com áreas fundamentais para um país que quer se desenvolver e progredir: Educação e Segurança, atualmente os que carecem de mais recursos e importância que todas as demais.
Para quem vinha do sul, o cerrado do Planalto Central descortinava uma realidade jamais sonhada, de trabalho árduo, sem água e luz (moramos assim durante um ano em Taguatinga), mas compensado por uma cidade que abraçava cada pessoa que lá chegava com o intuito de crescer junto àquelas magníficas construções, esplanadas, blocos de ministérios, Eixo Rodoviário, a Barragem do Lago Paranoá, os pequenos viadutos que evitariam os cruzamentos, e a inacabada Asa Norte, que cedia seus largos espaços às sedes de construtoras e uma que outra oficina, mais nada.
As cidades satélites recebiam este povo corajoso, determinado a provisoriamente deixar suas cidades de origem em busca de melhores condições de vida e riqueza ou até mesmo formarem famílias em Taguatinga, Gama, Sobradinho e Núcleo Bandeirante, as quatro que existiam na minha época, além do Setor de Indústria e Abastecimento, entre Taguatinga e o Plano Piloto.
Não havia crimes, drogas, assaltos, todos se davam bem. Gaúchos, mineiros, baianos, cearenses, cariocas, paulistas, e gente de muitos outros países. A vida era uma confraternização. Um parque de diversões que chegava, por mais humilde, chegava era uma festa aos fins de semanas! O circo era um encantamento.
Lembro-me com tristeza quando o Gran Circo Norte-Americano esteve em Brasília antes da sua tragédia em Niterói, matando perto de 500 pessoas, no maior incêndio da América Latina até hoje, se não me engano.
Enfim, Werneck, eu sou do tempo que Brasília não era abandonada deste jeito; que não era maltratada como está sendo; que tinha o carinho de todos nós, e ela por aqueles que a erigiam imponente e incomparável na majestosa paisagem do Planalto. Os sonhos acabam.
Mas o avanço da pobreza neste país tem um plano sub-reptício, que aos poucos passa a se mostrar e não será nada agradável quando se mostrar por completo, a comprovar o que afirmo, a inoperância e incapacidade com áreas fundamentais para um país que quer se desenvolver e progredir: Educação e Segurança, atualmente os que carecem de mais recursos e importância que todas as demais.
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