Para revista, caso do envolvimento do senador Demóstenes Torres com o bicheiro Carlinhos Cachoeira deve 'espalhar mais sujeira do que o normal'
Do jogo do bicho ao cenário político nacional, a corrupção é constante no Brasil, destacam dois artigos da revista The Economist lançada nesta quinta-feira, 3.
Em matéria que analisa a longevidade do jogo do bicho no país, a revista reconhece que os entrelaces do sistema de apostas a outras atividades ilegais, como prostituição e lavagem de dinheiro, além das conexões com o Carnaval, são motivos que garantiram sua continuidade. No entanto, ela aponta também que a ineficiência em acabar com o jogo levou autoridades a tolerarem a prática em troca de “participações nos lucros”.
“Em 1967 um presidente militar baniu novas loterias estaduais para favorecer o jogo federal, e alguns governadores decidiram que tolerar os bicheiros locais e receber um fração de seus lucros ilícitos era melhor do que não receber nada com o negócio”, escreveu a revista na matéria Betting zoo: The surprising longevity of the “animal game”.
Em outro artigo, a revista fala que apesar dos esforços da presidente Dilma Rousseff em lutar contra a corrupção, escândalos continuam sendo frequentes em Brasília, mas que o recente caso das ligações entre o senador Demóstenes Torres e o bicheiro Carlinhos Cachoeira deve “espalhar mais sujeira do que o normal”, por envolver políticos de muitos partidos. Além disso, destaca-se que o fato de Demóstenes ter uma boa reputação antes do caso contribuiu para diminuir ainda mais a credibilidade dos políticos brasileiros junto aos eleitores.
Outro ponto abordado é que apesar de que aparentemente a investigação será mais prejudicial à oposição do que ao governo de Dilma, a CPI não é “exatamente um presente político” para ela, já que esse tipo de inquérito é “altamente imprevisível”.
Além disso, por causa da CPI as esperanças de passar legislações como a da divisão dos royalties do pré-sal entre os estados é pequena. Segundo a Economist, importantes obras de infraestrutura, especialmente as da Copa e das Olimpíadas, também podem sofrer atrasos por conta dos muitos contratos federais da Delta sob análise por suspeita de corrupção ou superfaturamento. Muitas das obras estouraram o orçamento e estão atrasadas e, segundo o artigo, a promessa de que o Maracanã fique pronto a tempo parece otimista.
05 de maio de 2012
Do jogo do bicho ao cenário político nacional, a corrupção é constante no Brasil, destacam dois artigos da revista The Economist lançada nesta quinta-feira, 3.
Em matéria que analisa a longevidade do jogo do bicho no país, a revista reconhece que os entrelaces do sistema de apostas a outras atividades ilegais, como prostituição e lavagem de dinheiro, além das conexões com o Carnaval, são motivos que garantiram sua continuidade. No entanto, ela aponta também que a ineficiência em acabar com o jogo levou autoridades a tolerarem a prática em troca de “participações nos lucros”.
“Em 1967 um presidente militar baniu novas loterias estaduais para favorecer o jogo federal, e alguns governadores decidiram que tolerar os bicheiros locais e receber um fração de seus lucros ilícitos era melhor do que não receber nada com o negócio”, escreveu a revista na matéria Betting zoo: The surprising longevity of the “animal game”.
Em outro artigo, a revista fala que apesar dos esforços da presidente Dilma Rousseff em lutar contra a corrupção, escândalos continuam sendo frequentes em Brasília, mas que o recente caso das ligações entre o senador Demóstenes Torres e o bicheiro Carlinhos Cachoeira deve “espalhar mais sujeira do que o normal”, por envolver políticos de muitos partidos. Além disso, destaca-se que o fato de Demóstenes ter uma boa reputação antes do caso contribuiu para diminuir ainda mais a credibilidade dos políticos brasileiros junto aos eleitores.
Outro ponto abordado é que apesar de que aparentemente a investigação será mais prejudicial à oposição do que ao governo de Dilma, a CPI não é “exatamente um presente político” para ela, já que esse tipo de inquérito é “altamente imprevisível”.
Além disso, por causa da CPI as esperanças de passar legislações como a da divisão dos royalties do pré-sal entre os estados é pequena. Segundo a Economist, importantes obras de infraestrutura, especialmente as da Copa e das Olimpíadas, também podem sofrer atrasos por conta dos muitos contratos federais da Delta sob análise por suspeita de corrupção ou superfaturamento. Muitas das obras estouraram o orçamento e estão atrasadas e, segundo o artigo, a promessa de que o Maracanã fique pronto a tempo parece otimista.
05 de maio de 2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário