"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 5 de maio de 2012

SILÊNCIO OBSEQUIOSO

Escândalo envolvendo contraventor goiano levou muitas autoridades do governo ao silêncio obsequioso


Mudez estranha – Há na Esplanada dos Ministérios um clima de tensão, em decorrência do escândalo de Carlinhos Cachoeira, que parece ter afetado algumas autoridades de primeira grandeza. O grande motivo para essa inquietude repousa sobre informações, ainda não confirmadas, que vazam do inquérito que resultou na Operação Monte Carlo e circundam o submundo do escândalo.

Sob o temor de que algum colaborador do atual governo, da presidente Dilma Rousseff, tenha mantido qualquer tipo de contato com o contraventor goiano, a ordem é para que esses graduados apareçam o menos possível, pois a usina de maldades e ilações está trabalhando a todo vapor.

Com gravações de áudio e vídeo em quantidade capaz de derrubar a República, Carlinhos Cachoeira vem enviando mensagens cifradas a diversas instâncias do poder. Do Executivo ao Legislativo, passando pelo Judiciário, muitos dos integrantes desses três Poderes já sentiram a terra tremer, mesmo que por alguns instantes.

O problema é que ficar no esconderijo suscita polêmicas e desconfianças. Ex-articulador do governo Lula, frequentador assíduo do staff da campanha de Dilma Rousseff e atual ministro da Saúde, o petista Alexandre Padilha simplesmente saiu de cena. A um dia do início da campanha nacional de vacinação contra a gripe, Padilha não deu o ar da graça.
Só falta o ministro da Saúde ter sido infectado pela mais nova virose do mundo político verde-louro, a Cachoeirite. Conjecturas à parte, a mudez de muitos é no mínimo estranha.

05 de maio de 2012
ucho.info

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