"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 28 de maio de 2012

LULA, O ESCROQUE!

O Brasil na sua história republicana teve, no comando da nação de quase tudo, vamos pela ordem cronológica:
Delfim Moreira (1918/19), assumiu como vice-presidente pois o titular Rodrigues Alves fora vítima da pandemia, conhecida como Gripe Espanhola. Aos 50 anos, Delfim sofria de esclerose precoce, por isso seu governo foi tutelado por ministros, que faziam reuniões de faz-de-conta com o presidente. Depois, resolviam as questões do país com o ministro Afrânio de Melo Franco.
Conta-se que numa reunião ministerial ele chegou de casa mas tinha esquecido de vestir as calças.



Em 1930, o Brasil entrou num estado ditatorial, de caráter fascista comandado por Getúlio Vargas, até 1945.
Jânio Quadros, assumiu a presidência em 1961, mas além de bêbado era louco e 7 meses depois em uma de suas crises renunciou, deixando o país numa crise que 3 anos depois trouxe o regime militar.
Findo o militarismo, veio o peculatário pusilânime de José Sarney (1985/90), por sua vez cedeu lugar ao ladrão Fernando Collor de Mello (1990/92), que foi obrigado a renunciar.
Todavia, Lula inaugurou algo desagradavelmente inédito: Foi o primeiro escroque que recebeu a faixa presidencial.
Um exemplo gritante disso, foi a demonstração que ele protagonizou, tentando extorquir o ex-presidente do STF, ministro Gilmar Mendes.

Há um mês, o ministro Gilmar Mendes, do STF, foi convidado para uma conversa com Lula em Brasília. O encontro foi realizado no escritório de advocacia do ex-presidente do STF e ex-ministro da Justiça Nelson Jobim, amigo comum dos dois. Depois de algumas amenidades, Lula, de forma indecorosa, foi ao ponto que lhe interessava: “É inconveniente julgar esse processo agora”. O argumento do ex-presidente foi que seria mais correto esperar passar as eleições municipais de outubro deste ano e só depois julgar a ação que tanto preocupa o PT, partido que tem o objetivo declarado de conquistar 1.000 prefeituras nas urnas”.

Depois de afirmar que detém o controle político da CPI do Cachoeira, Lula magnanimamente, ofereceu proteção ao ministro Gilmar Mendes, dizendo que ele não teria motivo para preocupação com as investigações.

Não satisfeito com tanta ignomínia, o cafajeste quis insinuar que sabia de um fato que poderia por Gilmar Mendes em dificuldades, ao perguntar: “E a viagem a Berlim?”. Ele se referia a boatos de que o ministro e o senador Demóstenes Torres teriam viajado para a Alemanha à custa de Carlos Cachoeira e usado um avião cedido pelo contraventor. Em resposta, o ministro confirmou o encontro com o senador em Berlim, mas disse que pagou de seu bolso todas as suas despesas, tendo como comprovar a origem dos recursos. “Vou a Berlim como você vai a São Bernardo. Minha filha mora lá”, disse Gilmar, que, sentindo-se constrangido, desabafou com ex-presidente: “Vá fundo na CPI”. O ministro Gilmar relatou o encontro a dois senadores, ao procurador-geral da República e ao advogado-geral da União.

 “Fiquei perplexo com o comportamento e as insinuações despropositadas do presidente Lula”, disse Gilmar Mendes a VEJA. O ministro defende a realização do julgamento neste semestre para evitar a prescrição dos crimes.

A extorsão, tentada por Lula, é crime previsto no Código Penal Brasileiro: Art. 158 – Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa: Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos, e multa. Mas depois da chegada da quadrilha petisa, no país só vai para a cadeia ladrão pé de chinelo.

Giulio Sanmartini
28 de maio de 2012

(*) Texto de apoio: Rodrigo Rangel e Otávio Cabral

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