"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 23 de junho de 2012

BRASIL ESTAVA DESINFORMADO SOBRE CRISE PARAGUAIA, EMBORA BRASILEIROS ESTEJAM NO CENTRO DO PROBLEMA

 

A diplomacia brasileira continua tão devagar que a presidente Dilma Rousseff foi pega absolutamente de surpresa pela crise no Paraguai, embora a tensão naquele país viesse num crescendo.
O Brasil tinha a obrigação de estar muitíssimo bem informado a respeito por razões estruturais e conjunturais. É o principal país do subcontinente sul-americano e faz divisa com o Paraguai.

Os “brasiguaios”, agricultores brasileiros que constituem uma das principais forças da agropecuária paraguaia, estão entre os alvos dos ditos sem-terra e estão sendo permanentemente molestados por um movimento que não se distingue do banditismo.
Antes que Dilma Rousseff tivesse ameaçado dar um murro na mesa na linha “Não aceito golpe no Paraguai”, deveria ter sido devidamente informada do estado de espírito do Parlamento paraguaio, que não se assustou com a reação do Brasil e da tal Unasul. Isso teria evitado o mico de chamar precipitadamente de golpe um conjunto de ações

 CONSTITUCIONAIS.

Agora, vejam aí: as coisas ficaram malparadas. Se é golpe, o que fará Dilma? Repetirá a tolice do governo Lula, que se negava a reconhecer até mesmo o governo eleito de Honduras? A liderança também pede temperança. Além de informação, falta bom senso. Bem, poderia ser pior. Celso Amorim teria estimulado Lugo a invadir a embaixada brasileira e, de lá, liderar a “resistência”…

Brasil estava desinformado sobre crise paraguaia, embora brasileiros estejam no centro do problema
A diplomacia brasileira continua tão devagar que a presidente Dilma Rousseff foi pega absolutamente de surpresa pela crise no Paraguai, embora a tensão naquele país viesse num crescendo. O Brasil tinha a obrigação de estar muitíssimo bem informado a respeito por razões estruturais e conjunturais.
É o principal país do subcontinente sul-americano e faz divisa com o Paraguai. Os “brasiguaios”, agricultores brasileiros que constituem uma das principais forças da agropecuária paraguaia, estão entre os alvos dos ditos sem-terra e estão sendo permanentemente molestados por um movimento que não se distingue do banditismo.
Antes que Dilma Rousseff tivesse ameaçado dar um murro na mesa na linha “Não aceito golpe no Paraguai”, deveria ter sido devidamente informada do estado de espírito do Parlamento paraguaio, que não se assustou com a reação do Brasil e da tal Unasul. Isso teria evitado o mico de chamar precipitadamente de golpe um conjunto de ações CONSTITUCIONAIS.
Agora, vejam aí: as coisas ficaram malparadas. Se é golpe, o que fará Dilma? Repetirá a tolice do governo Lula, que se negava a reconhecer até mesmo o governo eleito de Honduras? A liderança também pede temperança. Além de informação, falta bom senso. Bem, poderia ser pior. Celso Amorim teria estimulado Lugo a invadir a embaixada brasileira e, de lá, liderar a “resistência”…
Reinaldo Azevedo
23 de junho de 2012

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