Reportagem de Natuza Nery e Catia Seabra, na Folha, mostra que a candidatura do petista Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo enfrenta um problema extra: a deputada estadual e sambista Leci Brandão (PCdoB), cotada à vaga de vice na chapa do PT já declarara apoio a outro candidato, mas pode aceitar “a missão” .
Deputada estadual pelo PC do B, a sambista Leci Brandão participou, no sábado passado, do lançamento de Carlos Giannazi (PSOL) para a prefeitura. No evento, ela manifestou apoio a Giannazi e disse querer “contribuir de alguma forma” para a campanha dele.
Cinco dias depois, porém, ela se transformou em uma das alternativas de Haddad. Em entrevista à Folha, Leci Brandão confirmou o discurso em favor do candidato do PSOL e reafirmou a disposição de exaltar, em depoimento, suas qualidades, mas alegou que o gesto era para “o ser humano” Giannazi.
“Quando soube que ele seria candidato a prefeito, disse: ‘Giannazi, se você precisar de depoimento para falar sobre sua pessoa, pode ficar tranquilo, porque farei isso.”
Leci disse à Folha que, consumada a aliança com o PT, apoiará Haddad, mas afirmou que não discrimina as pessoas por sua “sigla partidária”. Segundo ela, o “cidadão Giannazi” merece seu respeito.
“Estou política, estou deputada, mas sou bastante diferente de todo esse perfil político que vocês estão acostumados a ver. Talvez porque eu seja artista”, disse.
Leci Brandão usa o microfone na política e no samba
Traduzindo tudo isso: Haddad é um dos seis personagens à procura de um autor, uma das peças mais conhecidas de Pirandello e que o neodramaturgo Lula tenta adaptar à eleição de São Paulo.
A política virou uma esculhambação total. Ninguém sabe quem é quem, ou quem apoia quem.
A ideologia foi sepultada em vala comum, estamos numa era de política rasteira e desprezível. Teremos de votar tapando o nariz, porque o cheiro da nossa política é fétido, insuportável.
Deputada estadual pelo PC do B, a sambista Leci Brandão participou, no sábado passado, do lançamento de Carlos Giannazi (PSOL) para a prefeitura. No evento, ela manifestou apoio a Giannazi e disse querer “contribuir de alguma forma” para a campanha dele.
Cinco dias depois, porém, ela se transformou em uma das alternativas de Haddad. Em entrevista à Folha, Leci Brandão confirmou o discurso em favor do candidato do PSOL e reafirmou a disposição de exaltar, em depoimento, suas qualidades, mas alegou que o gesto era para “o ser humano” Giannazi.
“Quando soube que ele seria candidato a prefeito, disse: ‘Giannazi, se você precisar de depoimento para falar sobre sua pessoa, pode ficar tranquilo, porque farei isso.”
Leci disse à Folha que, consumada a aliança com o PT, apoiará Haddad, mas afirmou que não discrimina as pessoas por sua “sigla partidária”. Segundo ela, o “cidadão Giannazi” merece seu respeito.
“Estou política, estou deputada, mas sou bastante diferente de todo esse perfil político que vocês estão acostumados a ver. Talvez porque eu seja artista”, disse.
Leci Brandão usa o microfone na política e no samba
Traduzindo tudo isso: Haddad é um dos seis personagens à procura de um autor, uma das peças mais conhecidas de Pirandello e que o neodramaturgo Lula tenta adaptar à eleição de São Paulo.
A política virou uma esculhambação total. Ninguém sabe quem é quem, ou quem apoia quem.
A ideologia foi sepultada em vala comum, estamos numa era de política rasteira e desprezível. Teremos de votar tapando o nariz, porque o cheiro da nossa política é fétido, insuportável.
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