Mas, de onde surgem esses números tão negativos amplamente divulgados?
Muito simples. Eles surgem do populismo, da irresponsabilidade fiscal e de políticas paternalistas criadas por um ou outro governo visando apenas ganhar eleições e garantir uma base votante “agradecida” capaz de assegurar seu intento.
E nenhum outro governo fez isso tão bem como na “Era Lula”. Afinal, enquanto o próprio ex-presidente cansava de vir a público e dizer que a previdência era superavitária e que as distorções criadas tinham de ser corrigidas; ele mesmo foi responsável pela criação de buracos visando minar o sistema previdenciário e utilizá-lo como garantia eleitoral para seu partido.
Outro detalhe perverso é que a criação dessa aposentadoria rural sem contribuição acabou levando inúmeros trabalhadores rurais contribuintes para a informalidade. Pois, como qualquer um pode se aposentar sem contribuir, para que trabalhar formalmente e ter seu salário reduzido pela contribuição ao INSS? Assim, nas micro, pequenas e até em algumas propriedades rurais de médio porte; trabalhadores passaram a optar pela informalidade e deixaram de contribuir para a previdência de olho em salários maiores. Agravando ainda mais um quadro já caótico.
Agora, como se já não bastasse todo o mal criado com essa prática funesta, o governo do PT lança seus tentáculos sobre os pensionistas e trabalhadores que contribuem para a previdência esperando garantir uma velhice minimamente amparada.
Pelo projeto do governo que começa a ser debatido “na surdina”; ao morrer, o segurado da previdência não deixará mais sua aposentadoria como forma de pensão integral para sua viúva. Ávidos para garantir seus aumentos astronômicos de salário, aposentadorias precoces e cumulativas os políticos querem garfar 30% da pensão das viúvas e, em alguns casos a integralidade do benefício, para engordar o Tesouro.
Isso mesmo. Se o segurado ou segurada morrerem jovens e deixarem um viúvo igualmente jovem (aqui o “jovem” será definido pelo governo) a pensão a que o cônjuge remanescente teria direito seria reduzida para apenas 70% do valor real e, ao fim de um prazo a ser determinado, cairia a zero. Mesmo que o cônjuge não tenha qualquer outro meio de subsistência ou nunca tenha trabalhado ele perderá a pensão pela qual seu marido ou esposa pagou durante anos.
Há ainda a possibilidade, caso haja grande diferença de idade entre os cônjuges, da pensão sequer ser concedida. Ficando todos os valores recolhidos pelo cônjuge falecido para os cofres da viúva e para os bolsos ávidos dos corruptos.
O que mais impressiona é que o próprio presidente Lula é um grande exemplo de fraudador da previdência. Pois, uma vez aposentado por invalidez há anos, ele estaria impedido de exercer qualquer atividade laborativa. Contudo, exerceu seus mandatos políticos e trabalha hoje, publicamente, como palestrante muito bem pago.
Já que é um grande “amigo dos pobres”, porque Lula não renuncia a sua aposentadoria como forma de ajudar a combater o tal déficit? Afinal; tendo em vista que o Ministério Público, o INSS, a oposição, o Conselho de Ética do Funcionalismo e nenhum outro órgão do país tem peito de questioná-lo em relação a essa descarada fraude; seria de bom tom que o ex-presidente tomasse a iniciativa.
Ou, como todos são iguais perante a lei, que o INSS parasse de perseguir e ameaçar outros “Zés Ninguém”, aposentados por invalidez, que eram chamados a se explicar na corregedoria do órgão e ameaçados de perder seu benefício pelo simples fato de terem carteira de motorista ativa ou de dirigirem um veículo; tudo sob a absurda alegação de que se estão inválidos como podem dirigir?
E, que contribui e recebe cada vez menos, o que acha disso?
visão panorâmica
29 de junho de 2012
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