Gilberto Kassab, presidente do PSD, é um dos maiores talentos políticos do Brasil. Contra a sua ídoneidade e honestidade não pesam acusações. Conseguiu liderar a formação de um partido grande, como rara habilidade, em tempo recorde.
Mas acabou patinando quando poderia criar um grande partido. A primeira falha foi o apoio intempestivo ao PT em São Paulo.
O que parecia ser uma jogada genial para colocar José Serra, o único candidato que defenderia a sua gestão na cidade, por ser parte dela, mostrou, mais adiante, que Kassab estava pensando em primeiro lugar em si mesmo. Jamais houve consulta ao partido para aquela decisão.
Azar da imagem nacional do PSD.
Agora, no episódio em que jogou na lata de lixo a convenção partidária do estado de Minas Gerais para apoiar o PT, a pedido de Dilma, segundo ele, mostrou que o futuro grande político interrompeu de vez a sua trajetória.
Antes da Dilma, deveria respeitar Kátia Abreu, sua vice-presidente nacional. Ou Roberto Brant, mineiro, seu outro vice-presidente. Não importa se, por lá, o PSD é aecista. O que um presidente de partido não pode é ir contra uma decisão da maioria de um estado, sob pena de virar uma ditadura como o PT do Lula.
É muito diferente ver a senadora Kátia Abreu abraçada com a Dilma, descendo a rampa do Planalto, para anunciar o melhor plano safra de todos os tempos, onde os produtores rurais foram ouvidos.
Ali está o interesse do país, acima de interesses pessoais.
Kassab mostra que, no seu caso, interesses pessoais estão acima dos interesses nacionais. Pisou na bola. Manchou a biografia. Vai precisar de muito água limpa para recuperar a sua imagem.
06 de julho de 2012
coroneLeaks
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