Aonde vamos parar? Ninguém sabe. É um escândalo atrás do outro. Ontem, divulgamos aqui que encanador, lavador de carros e garçom têm salários mais altos do que os vereadores na Câmara Municipal de São Paulo, algo realmente estarrecedor.
http://www.youtube.com/watch?v=_gRbwnllEeo&feature=player_detailpage
Agora, alertados pelo comentarista Jair Cini, constatamos que o Correio Braziliense revela que no Tribunal de Justiça de Brasília 76 servidores tiveram, em maio, remunerações acima de R$ 100 mil, somando valores eventuais. Um desembargador chegou ao dobro desse valor.
A reportagem de Ana Maria Campos, Lilian Tahan e Almiro Marcos mostra que a
transparência de contracheques pode até ser constrangedora para parte dos servidores que ganham como altos executivos de grandes corporações, mas a exposição tem sido reveladora sobre a disparidade e as distorções salariais no serviço público.
A folha de pagamentos do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios no mês de maio aponta remunerações generosas. Há vários salários de servidores, mesmo aqueles que não são juízes nem desembargadores, só limitados pelo teto constitucional. Da folha de pagamento do TJDFT, 85 servidores ganham R$ 26.723,13, porque parte do salário é glosado em virtude do limite imposto ao funcionalismo.
Em maio, houve vários servidores que atingiram três dígitos e receberam em torno de R$ 100 mil, R$ 150 mil e até R$ 182.195,20, cifras pagas a analistas judiciários. Um juiz contou, no mesmo período, com R$ 220.843,72. Um desembargador recebeu R$ 230.807,21.
As informações estão desde quarta-feira na página do Tribunal na internet e a divulgação é em cumprimento à Resolução 102 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que determinou a publicação dos dados referentes às remunerações de servidores.
É possível consultar informações como o salário-base e penduricalhos, como os de auxílios-alimentação, creche, valores de cargos comissionados e ganhos eventuais em que estão as quantias mais altas.
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TRANSPARÊNCIA CONTESTADA
A liberação das informações do Tribunal ocorreu uma semana depois que o governo do Distrito Federal divulgou a folha de pagamento dos servidores públicos locais na página da Secretaria de Transparência.
A medida provocou uma controvérsia entre sindicalistas, que consideram a divulgação abusiva, e governo, segundo o qual a providência contribui para a fiscalização e o controle do orçamento oficial.
Neste caso, o governo está correto e precisa tomar urgentes providências para acabar com essa farra do boi nos recursos públicos, ou seja, com recursos do povo. Mas quem se interessa?
Carlos Newton
http://www.youtube.com/watch?v=_gRbwnllEeo&feature=player_detailpage
Agora, alertados pelo comentarista Jair Cini, constatamos que o Correio Braziliense revela que no Tribunal de Justiça de Brasília 76 servidores tiveram, em maio, remunerações acima de R$ 100 mil, somando valores eventuais. Um desembargador chegou ao dobro desse valor.
A reportagem de Ana Maria Campos, Lilian Tahan e Almiro Marcos mostra que a
transparência de contracheques pode até ser constrangedora para parte dos servidores que ganham como altos executivos de grandes corporações, mas a exposição tem sido reveladora sobre a disparidade e as distorções salariais no serviço público.
A folha de pagamentos do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios no mês de maio aponta remunerações generosas. Há vários salários de servidores, mesmo aqueles que não são juízes nem desembargadores, só limitados pelo teto constitucional. Da folha de pagamento do TJDFT, 85 servidores ganham R$ 26.723,13, porque parte do salário é glosado em virtude do limite imposto ao funcionalismo.
Em maio, houve vários servidores que atingiram três dígitos e receberam em torno de R$ 100 mil, R$ 150 mil e até R$ 182.195,20, cifras pagas a analistas judiciários. Um juiz contou, no mesmo período, com R$ 220.843,72. Um desembargador recebeu R$ 230.807,21.
As informações estão desde quarta-feira na página do Tribunal na internet e a divulgação é em cumprimento à Resolução 102 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que determinou a publicação dos dados referentes às remunerações de servidores.
É possível consultar informações como o salário-base e penduricalhos, como os de auxílios-alimentação, creche, valores de cargos comissionados e ganhos eventuais em que estão as quantias mais altas.
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TRANSPARÊNCIA CONTESTADA
A liberação das informações do Tribunal ocorreu uma semana depois que o governo do Distrito Federal divulgou a folha de pagamento dos servidores públicos locais na página da Secretaria de Transparência.
A medida provocou uma controvérsia entre sindicalistas, que consideram a divulgação abusiva, e governo, segundo o qual a providência contribui para a fiscalização e o controle do orçamento oficial.
Neste caso, o governo está correto e precisa tomar urgentes providências para acabar com essa farra do boi nos recursos públicos, ou seja, com recursos do povo. Mas quem se interessa?
Carlos Newton
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