Como escrevi ontem, a crise econômica brasileira, está sempre piorando, por total incompetência do governo e pela corrupção a níveis jamais vistos no país. (Do ufanismo à realidade)
A “presidenta” tornou a adiar a previsão de recuperação da economia brasileira, a projeção oficial do Banco Central que previa um crescimento de 2,5%, teve uma redução para 2%.
O tombo na industria de maio, mostra que a retomada e econômica, será mais demorada que o previsto, por conta de endividamento, comprometimento da renda familiar e baixa competitividade da indústria.
Questionada sobre os dados ruins da produção industrial –que recuou 4,3% em maio, na comparação com 2011, a presidente Dilma disse: “Vamos virar esse jogo” (foto). Antes, durante discurso de lançamento do Plano de Safra da Agricultura Familiar, afirmou que o governo continuará adotando uma política “extremamente agressiva” de compras governamentais para enfrentar a crise.
Depois de abandonar a meta de crescimento acima de 4%, o governo chegou a acreditar que era possível crescer em 2012 na casa de 2,7%, mesma taxa do ano passado.
Segundo a presidente Dilma, o ano de 2012 e sta perdido e agora, a ordem é salvar 2013, adotando medidas para impulsionar os investimentos diante da avaliação de que os números da indústria divulgados ontem, pior resultado desde 2009, indicam que a receita usada na última crise não surte hoje o mesmo efeito.
Ela quer destravar os investimentos públicos e impulsionar os privados para garantir crescimento de 4% no seu terceiro ano de mandato.
Mas as projeções de aumento do PIB caíram de 3% para menos de 2%, e a pequena alta na atividade industrial neste ano se converteu em queda.
Alarmante é o investimento, que manifesta o pior desempenho: entre janeiro e maio a produção de máquinas e equipamentos caiu 12% em relação ao mesmo período do ano passado. Foi a maior redução entre os setores da indústria, que recuou 3,4% no todo.
A produtividade da indústria, estagnada desde 2009. Há muitas razões para isso, desde as dificuldades de ajuste de mão de obra às variações de produção até a perda de eficiência em setores que sofrem forte pressão competitiva de importados.
Maior produtividade é a base para que um ciclo de crescimento possa sustentar-se. Sem ela, maior demanda interna degenera em perda de mercado para importados competitivos. É este segundo fenômeno que assola a indústria no presente.
Até o momento, nenhuma medida do governo federal foi capaz de alterar esse quadro. As desonerações fiscais são tímidas e restritas a setores escolhidos. Os custos internos continuam a subir, e os entraves de infra-estrutura persistem.
O resultado é a demanda interna concentrada em consumo de curto prazo, e não em despesas empresariais para ampliar produção futura
Pode-se notar, que a técnica foi substituída pelo empirismo da “experiência descarte”.
Giulio Sanmartini
06 de julho de 2012
(*) Texto de apoio: Valdo Cruz
A “presidenta” tornou a adiar a previsão de recuperação da economia brasileira, a projeção oficial do Banco Central que previa um crescimento de 2,5%, teve uma redução para 2%.
O tombo na industria de maio, mostra que a retomada e econômica, será mais demorada que o previsto, por conta de endividamento, comprometimento da renda familiar e baixa competitividade da indústria.
Questionada sobre os dados ruins da produção industrial –que recuou 4,3% em maio, na comparação com 2011, a presidente Dilma disse: “Vamos virar esse jogo” (foto). Antes, durante discurso de lançamento do Plano de Safra da Agricultura Familiar, afirmou que o governo continuará adotando uma política “extremamente agressiva” de compras governamentais para enfrentar a crise.
Depois de abandonar a meta de crescimento acima de 4%, o governo chegou a acreditar que era possível crescer em 2012 na casa de 2,7%, mesma taxa do ano passado.
Ela quer destravar os investimentos públicos e impulsionar os privados para garantir crescimento de 4% no seu terceiro ano de mandato.
Mas as projeções de aumento do PIB caíram de 3% para menos de 2%, e a pequena alta na atividade industrial neste ano se converteu em queda.
Alarmante é o investimento, que manifesta o pior desempenho: entre janeiro e maio a produção de máquinas e equipamentos caiu 12% em relação ao mesmo período do ano passado. Foi a maior redução entre os setores da indústria, que recuou 3,4% no todo.
A produtividade da indústria, estagnada desde 2009. Há muitas razões para isso, desde as dificuldades de ajuste de mão de obra às variações de produção até a perda de eficiência em setores que sofrem forte pressão competitiva de importados.
Maior produtividade é a base para que um ciclo de crescimento possa sustentar-se. Sem ela, maior demanda interna degenera em perda de mercado para importados competitivos. É este segundo fenômeno que assola a indústria no presente.
Até o momento, nenhuma medida do governo federal foi capaz de alterar esse quadro. As desonerações fiscais são tímidas e restritas a setores escolhidos. Os custos internos continuam a subir, e os entraves de infra-estrutura persistem.
O resultado é a demanda interna concentrada em consumo de curto prazo, e não em despesas empresariais para ampliar produção futura
Pode-se notar, que a técnica foi substituída pelo empirismo da “experiência descarte”.
Giulio Sanmartini
06 de julho de 2012
(*) Texto de apoio: Valdo Cruz
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