Nessa segunda feira 17, a borduna do ministro relator da “Ação Penal 470″, Joaquim Barbosa, continuou a bater firme e forte. Começou a desmentir a afirmação de Lula, de que o “mensalão” não existiu, que a trapalhada nada mais foi que uma “inocente caixa 2”.
Ele deixou bem claro que o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comprou votos de deputados e apoio de partidos para aprovar leis na Câmara dos Deputados.
Foram pagos (subornados) deputados do PP, PMDB, PTB e PR (na época PL), sob a orientação de Jose Dirceu, para garantir votos favoráveis à aprovação das reformas da Previdência, Tributária e Lei de Falências na Câmara, projetos de interesse do governo Lula.
Também indicou que vai considerar culpados os acusados de serem os corruptores da Câmara dos Deputados: o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, esses dois últimos eram os pagadores. O esquema só cessou depois de vir à tona em 2005.
Finalizando afirmou que o governo Lula comprou o ingresso do PP na base aliada em 2003. O partido apoiou o adversário de Lula na eleição de 2002, José Serra (PSDB). “Independentemente da destinação dada aos recursos, as provas conduzem à conclusão de que os réus receberam o dinheiro em razão da função parlamentar e em troca da fidelidade do partido ao governo”.
A situação dos bandidos que continuam a formar cúpula petista a cada dia piora. O ministro relator, que sempre foi um homem discreto e avesso aos holofotes, surge, por sua seriedade e retidão, como o herói dos patriotas de bem, que estão cansados de ver a corrupção triunfar.
18 de setembro de 2012
giulio sanmartini
(1) Texto de apoio: Felipe Recondo “et alii”
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