Embora o número de eleitores aptos ao voto facultativo, com 16 e 17 anos de idade, tenha aumentado em relação à última eleição, em 2010, a percepção é que há um desinteresse dos jovens nessa faixa etária em relação à eleição deste ano. A avaliação é do cientista político Eurico de Lima Figueiredo, da Universidade Federal Fluminense (UFF). Para ele, essa percepção não é só restrita ao Brasil.
“A desmotivação é mundial”, disse. “Parece que nós vivemos uma época em que os jovens encontram soluções que já estão dadas”, completou.
Figueiredo acredita, no entanto, que principalmente agora, na Europa, haverá um recrudescimento da participação juvenil na tentativa de encontrar soluções para os novos problemas colocados pela crise econômica.
“A tradição mostra que são os jovens que mais reagem a situações de crise, inclusive porque eles trazem dentro de si o futuro e reconhecem nas situações críticas do presente o que não deve ser feito e o que precisa ser mudado”.
No caso do Brasil, analisou que a última participação forte da juventude na política ocorreu com a geração dos “caras pintadas”, que foram às ruas pelo impeachment de Fernando Collor, da Presidência da República (1992).
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INDIVIDUALISMO
Por isso, reiterou que a desmotivação é uma tendência geral do mundo, que vive uma situação que, “para o jovem, é relativamente confortável”.
Segundo o professor de pós-graduação em ciência política da UFF, há uma ideologia espalhada no ar, que se denomina pós-modernismo, onde se cultiva muito o individualismo, em vez das preocupações coletivas e sociais.
E isso tudo influencia o comportamento juvenil. ”Por isso, não é de se estranhar que haja essa desmotivação”, declarou.
Vinicius de Sá Machado foge a essa regra. Morador de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, o estudante de 17 anos lamentou ter perdido o prazo para tirar o título de eleitor para poder votar no próximo domingo.
Ele se definiu motivado. “Os candidatos todos despertam o interesse. Mas muitos prometem e não fazem nada”, disse à Agência Brasil. “Eu queria votar para ajudar a minha cidade”, acrescentou.
“A desmotivação é mundial”, disse. “Parece que nós vivemos uma época em que os jovens encontram soluções que já estão dadas”, completou.
Figueiredo acredita, no entanto, que principalmente agora, na Europa, haverá um recrudescimento da participação juvenil na tentativa de encontrar soluções para os novos problemas colocados pela crise econômica.
“A tradição mostra que são os jovens que mais reagem a situações de crise, inclusive porque eles trazem dentro de si o futuro e reconhecem nas situações críticas do presente o que não deve ser feito e o que precisa ser mudado”.
No caso do Brasil, analisou que a última participação forte da juventude na política ocorreu com a geração dos “caras pintadas”, que foram às ruas pelo impeachment de Fernando Collor, da Presidência da República (1992).
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INDIVIDUALISMO
Por isso, reiterou que a desmotivação é uma tendência geral do mundo, que vive uma situação que, “para o jovem, é relativamente confortável”.
Segundo o professor de pós-graduação em ciência política da UFF, há uma ideologia espalhada no ar, que se denomina pós-modernismo, onde se cultiva muito o individualismo, em vez das preocupações coletivas e sociais.
E isso tudo influencia o comportamento juvenil. ”Por isso, não é de se estranhar que haja essa desmotivação”, declarou.
Vinicius de Sá Machado foge a essa regra. Morador de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, o estudante de 17 anos lamentou ter perdido o prazo para tirar o título de eleitor para poder votar no próximo domingo.
Ele se definiu motivado. “Os candidatos todos despertam o interesse. Mas muitos prometem e não fazem nada”, disse à Agência Brasil. “Eu queria votar para ajudar a minha cidade”, acrescentou.
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