"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 5 de outubro de 2012

INÍCIO DA REPULSÃO? BRASIL SEM P (ARTIDO) T (ORPE): DIMINUI A INFLUÊNCIA DO PT NAS 105 MAIORES CIDADES

 

 
Na reta final da campanha eleitoral, a influência do PT nos municípios com mais de 150 mil eleitores diminuiu nestas eleições, enquanto o aliado PSB e o oposicionista PSDB apresentaram maior avanço.
 
O levantamento foi feito pelo próprio PT, tendo por universo pesquisas eleitorais mais recentes divulgadas em 105 dos 119 municípios com mais de 150 mil eleitores.
 
O PT tem a prefeitura de 29 dessas prefeituras, mas é lider em 24 delas.
Se isso for confirmado nas urnas, o partido pode ver seu peso reduzido em 20,8% nessas cidades.
 
O PSDB, por outro lado, que tem o comando de 14 dessas cidades, está à frente nas intenções de voto em 23 municípios, um possível aumento de 64,2%.
 
O PSB é outro que apresenta bons resultados.
Detém 7 cidades e é líder em 12 - crescimento de 71,4%.
O PMDB mantém uma situação estável: dos 16 prefeitos, perderia, caso as pesquisas seja confirmadas, apenas uma.
 
A amostragem evidencia que são essas quatro legendas que dominam o cenário político nos maiores colégios eleitorais do país. Fora elas, as demais legendas têm participação secundária.
 
Chama a atenção a perda de espaço do PDT. Apesar de ter eleito 12 prefeitos nesses locais, hoje é favorito apenas em sete deles.
Outros partidos da base aliada da presidente Dilma Rousseff também demonstram fragilidade.
 
O PP tem seis cidades e lidera em cinco.
O PR mantém o mesmo número de prefeituras: duas.
O PTB tem 5 para 2, o PCdoB de 2 para 1.
 
O neófito em eleições PSD filiou seis prefeitos e pode perder um. Na oposição, o DEM governa um município e lidera as pesquisas em quatro. O PPS pode perder a única que tem. Já o PSOL pode eleger a primeira prefeitura de sua história.
 
A cúpula do PT, porém, vê o resultado do levantamento com bons olhos. Primeiro porque, a despeito de o partido não liderar em todas as cidades que governa, o intenso noticiário negativo e diário que o julgamento do mensalão propiciou não resultou no desastre completo que se previa.
 
Ao menos nas pesquisas.
 
Outra razão é que o PT tem 27 candidatos nestes 105 municípios que estão em segundo lugar, à frente, de todas as outras legendas. Há ainda 15 candidatos em terceiro lugar, 9 em quarto, 2 em quinto e um em sétimo.
 
No restrito - e principal - grupo das 26 capitais, a situação do partido pode ser subdividida em três grupos. O dois locais onde as campanhas são consideradas vitoriosas pelo crescimento dos candidatos, como Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Rio Branco (AC) e Salvador (BA).
 
Aqueles em que a campanha foi uma tragédia, como Belém (PA),
Campo Grande (MS),
Natal (RN),
Porto Velho (RO),
Recife (PE),
São Luís (MA),
Teresina (PI) e Vitória (ES).
 
E outro em que só a passagem ao segundo turno dirá:
Belo Horizonte (MG) e São Paulo (SP).
 
Caio Junqueira, Valor Econômico
05 de outubro de 2012

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