"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 5 de outubro de 2012

MISÉRIA ASSISTIDA (OU DIFERENÇA ENTRE MARXISTAS E CRISTÃOS)

 

Há uma diferença abismal entre marxistas e cristãos, diante da pobreza e da miséria. Enquanto os cristãos buscam administrar a miséria promovendo campanhas assistencialistas que tornem a vida dos deserdados menos cruel, os marxistas têm como proposta a erradicação da pobreza e da miséria atacando a causa.



Os cristãos, por mais de dois milênios, levam a cabo várias campanhas do tipo: a sopinha dos pobres, cobertor para os desvalidos diante do impiedoso frio, albergue para os desamparados e outras iniciativas do gênero que, se servem para minorar o sofrimento imediato de uma pequena parcela da população carente, servem muito mais para assegurar às almas caridosas, uma compensação na “vida eterna”.

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CARIDADE


Os gestos caridosos dos cristãos têm permitido que alguns deles galguem a posição de santos no reino celestial, numa prova concreta de que investir na miséria, torna-se pelo prisma religioso, um bom investimento para quem o pratica.
Enquanto isso, os marxistas preocupam-se com a desconstrução do sistema capitalista como causa da pobreza e da miséria.

Mas eles, os marxistas, não pretendem salvar o povo de suas agruras e, ao invés de sopas, cobertores, albergues, preferem ministrar doses maciças de conscientização, pois entendem que a humanidade só pode se livrar das chagas sociais que se abatem sobre a pobreza e a miséria, quando a massa de explorados e oprimidos tomar consciência de que seus sofrimentos só podem ser abolidos a partir da ação libertadora dos próprios explorados.

“A obra de libertação dos trabalhadores será obra dos próprios trabalhadores” ou não haverá libertação.
A postura do petismo e de outros demagogos, vai no sentido de buscar administrar a pobreza e a miséria e dela tirar dividendos políticos, como é o caso da campanha Bolsa Família.
Daí, a indecente colocação dos candidatos petistas que se propõem, demagogicante,” cuidar do povo como Lula ensinou”.

Isso é sumamente imoral, e é assustador que essa posição política, de caráter demagógico e paternalista, seja assumida por pessoas que no passado recente se reivindicavam socialistas revolucionários.

Essas questões, e tantas outras têm que ser refletidas sob pena de nos afundarmos, como tem acontecido diante do discurso falacioso verbalizado pela esquerda direitosa tão bem representada pelos partidos PT-PCdoB-PSB.
(Do Blog de Gilvan Rocha)

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