A Presidente Dilma Roussef voltou a enfrentar o protecionismo dos países
desenvolvidos, durante o encontro da ASPA, cúpula América do Sul- Países Árabes,
em Lima, no Peru.
Na segunda feira, o Brasil sofreu um ataque frontal e coordenado, da Europa, Japão, Estados Unidos e Austrália na OMC – Organização Mundial do Comércio, que reclamaram da redução do IPI só para empresas que fabriquem aqui, e da exigência de conteúdo local de 60% na implantação da plataforma 4G na telefonia celular.
O Japão é um ferrenho protecionista e os EUA perderam para o Brasil na OMC, nos subsídios aos seus plantadores de algodão e na imposição de tarifas contra as exportações brasileiras de suco de laranja.
Com a Europa ocorreu o mesmo, nos subsídios da UE à produção de açúcar, e em sua imposição de taxas sobre a importação de frangos do Brasil.
Na América Latina, a campanha contra o “protecionismo” brasileiro, tem sido movida pelo México, país a que o Brasil fixou o limite de cotas, há alguns meses, para a venda de automóveis ao Brasil.
A imprensa mexicana divulga que o Brasil assim decidiu porque a sua indústria automobilística seria mais moderna e competitiva do que a brasileira – o que não é verdade.
O México, com conteúdo “local” médio de apenas 35% em seus carros, apenas monta – devido aos seus baixos salários – peças de automóveis fabricadas em terceiros países, que o estavam usando para entrar com seus carros, sem pagar imposto, no Brasil.
E mesmo assim, só o faz – como ocorre com tudo o que “maquia” – porque conta com os EUA logo ali, do outro lado da fronteira, como destino para 90% de “suas” exportações.
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DEPENDÊNCIA
Infelizmente para nossos irmãos mexicanos, por causa de sua dependência ao mercado dos EUA, do turismo dos Estados Unidos, e das remessas de dólares de seus emigrantes, o México se transforma, cada vez mais, em extensão do espaço econômico norte-americano.
Com o Brasil, a situação é totalmente diferente. Vendemos, em parte mais ou menos iguais, de cerca de 20%, para a China, Estados Unidos, América do Sul, Europa e o resto do mundo.
E somos o principal produtor ou exportador mundial de uma dúzia de commodities de primeira necessidade, e de produtos de alto conteúdo tecnológico, como aviões.
Aqui, o conteúdo local em automóveis é de 65%, na média, e o governo trabalha para que chegue a 70% até 2017. A nossa indústria automobilística não produz carros sofisticados. Produzimos carros preferencialmente para o nosso povo.
Não visamos principalmente o mercado externo, como é o caso do México. Lá, como são montados carros top de linha, só uma minoria de cidadãos consegue comprar um carro zero feito em seu país.
Que os governos dessas nações posem de lobos vestidos de cordeiro, para distrair os seus povos da crise, é assunto deles. O que não se pode admitir é que brasileiros – como está ocorrendo com muitos – se deixem enganar e caíam nessa esparrela que estão querendo armar para o país.
05 de outubro de 2012
Mauro Santayana
Na segunda feira, o Brasil sofreu um ataque frontal e coordenado, da Europa, Japão, Estados Unidos e Austrália na OMC – Organização Mundial do Comércio, que reclamaram da redução do IPI só para empresas que fabriquem aqui, e da exigência de conteúdo local de 60% na implantação da plataforma 4G na telefonia celular.
O Japão é um ferrenho protecionista e os EUA perderam para o Brasil na OMC, nos subsídios aos seus plantadores de algodão e na imposição de tarifas contra as exportações brasileiras de suco de laranja.
Com a Europa ocorreu o mesmo, nos subsídios da UE à produção de açúcar, e em sua imposição de taxas sobre a importação de frangos do Brasil.
Na América Latina, a campanha contra o “protecionismo” brasileiro, tem sido movida pelo México, país a que o Brasil fixou o limite de cotas, há alguns meses, para a venda de automóveis ao Brasil.
A imprensa mexicana divulga que o Brasil assim decidiu porque a sua indústria automobilística seria mais moderna e competitiva do que a brasileira – o que não é verdade.
O México, com conteúdo “local” médio de apenas 35% em seus carros, apenas monta – devido aos seus baixos salários – peças de automóveis fabricadas em terceiros países, que o estavam usando para entrar com seus carros, sem pagar imposto, no Brasil.
E mesmo assim, só o faz – como ocorre com tudo o que “maquia” – porque conta com os EUA logo ali, do outro lado da fronteira, como destino para 90% de “suas” exportações.
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DEPENDÊNCIA
Infelizmente para nossos irmãos mexicanos, por causa de sua dependência ao mercado dos EUA, do turismo dos Estados Unidos, e das remessas de dólares de seus emigrantes, o México se transforma, cada vez mais, em extensão do espaço econômico norte-americano.
Com o Brasil, a situação é totalmente diferente. Vendemos, em parte mais ou menos iguais, de cerca de 20%, para a China, Estados Unidos, América do Sul, Europa e o resto do mundo.
E somos o principal produtor ou exportador mundial de uma dúzia de commodities de primeira necessidade, e de produtos de alto conteúdo tecnológico, como aviões.
Aqui, o conteúdo local em automóveis é de 65%, na média, e o governo trabalha para que chegue a 70% até 2017. A nossa indústria automobilística não produz carros sofisticados. Produzimos carros preferencialmente para o nosso povo.
Não visamos principalmente o mercado externo, como é o caso do México. Lá, como são montados carros top de linha, só uma minoria de cidadãos consegue comprar um carro zero feito em seu país.
Que os governos dessas nações posem de lobos vestidos de cordeiro, para distrair os seus povos da crise, é assunto deles. O que não se pode admitir é que brasileiros – como está ocorrendo com muitos – se deixem enganar e caíam nessa esparrela que estão querendo armar para o país.
05 de outubro de 2012
Mauro Santayana
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