"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 23 de novembro de 2012

PÂNICO NA POLÍTICA: CACHOEIRA ANUNCIA QUE VAI FALAR 'NA HORA CERTA'

 

O contraventor Carlinhos Cachoeira rompeu o silêncio na tarde desta sexta-feira (23) e disse a jornalistas que vai falar “na hora certa”. “Vou colocar os pingos nos ‘is’”, afirmou momentos antes de entrar em uma casa em Anápolis, no interior de Goiás, para onde viajou para visitar o túmulo da mãe.


Livre, leve e solto

A breve entrevista de Cachoeira durou menos de três minutos. Ele disse estar passando por um momento difícil e negou que tenha feito festas após ter deixado a prisão nesta semana. “Não é momento de festa. Não fiz festa em casa anteontem. É momento de luto. Perdi minha mãe, perdi um irmão, não de sangue, mas considerava um irmão mais velho.”

Investigado por duas operações da Polícia Federal, Cachoeira é acusado de comandar esquema de jogo ilegal em Goiás e por participar de fraudes em contratos com órgãos públicos.

Segundo ele, as teses que sustentam as acusações são “maliciosas” e qualificou como “estrelismo” a atuação do Ministério Público no caso. “É estrelismo. Os grampos são ilegais. O Ministério Público não vai mais fazer estrelismo”, afirmou. Ele afirmou ter perdido 13 quilos durante o tempo que esteve preso.

Cachoeira prometeu falar futuramente com a imprensa sobre o caso na presença de seus advogados. “Vou falar a história toda. O povo goiano vai ter orgulho de mim.”

23 de novembro de 2012
Ed Ferreira e Fernando Gallo (Estadão)

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