Em 2003, ao ser indicado ministro do Supremo, Joaquim Barbosa declarou a respeito da escolha do então presidente Lula:
"Vejo como um ato de grande significação que sinaliza para a sociedade o fim de certas barreiras visíveis e invisíveis. Posso vir a ser o primeiro ministro reconhecidamente negro", completou.
Homem de grande cultura jurídica e humanista, o atual presidente do STF sabia não ser o primeiro afrodescendente a ser incluído no egrégio sodalício.
Antes dele, que se saiba, fizeram parte da mais alta Corte de Justiça do País Pedro Lessa, que honrou o Tribunal de 1907 a 1921 e Hermenegildo de Barros, que lá militou entre 1919 e 1937.
Ambos eram, como Joaquim Barbosa, mineiros do interior, mas nenhum dos dois era reconhecidamente negro, talvez por conta das tais “barreiras visíveis e invisíveis” mencionadas pelo presidente do STF, que Lula, tal qual um Josué moderno, derrubou.
Duas novidades, portanto, marcam o dia de ontem:
*a posse na presidência do Supremo de um negro que se orgulha de sua ascendência, o que dará um belo e muito necessário exemplo aos brasileirinhos de todas as cores;
*um ministro do STF, claro que só podia ser um carioca, metendo bronca na guitarra (ministro Fux, numa boa, de uma carioca para outro: abaixo sugestão para a próxima festa).
23 de novembro de 2012
in blog do noblat
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