"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 23 de novembro de 2012

DA REALIDADE PARA A FICÇÃO - SERIADO AMERICANO LIGA PT A FRAUDES

 
Xiii… Será preciso mobilizar o Marco Aurélio Garcia, o Antônio Patriota, as agências de publicidade, lobistas etc. O Partido dos Camaradas Companheiros, o PT, entrou no radar dos seriados americanos. Um deles, informa Cristina Tardáguila, no Globo, levou ao ar um episódio em que o partido aparece envolvido em fraudes.
 
O petista de destaque nesse episódio se chama “Hector Campos”… Hector??? No Brasil??? Acertaram no partido, mas erraram no idioma, hehe. Não adianta! Eles acham mesmo que, do México para baixo, só se fala espanhol. Não perdem dois minutos consultando o Google… Leiam o texto publicado no Globo online.

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Nem o boom econômico nem o julgamento do mensalão conseguiram evitar que a política brasileira deixasse de ser tachada como corrupta em produções de origem americana. No capítulo do seriado “Person of interest” exibido no Brasil na última quarta-feira pela Warner Channel, a protagonista era Sofia Campos, filha de um diplomata brasileiro que sempre se atrasa para eventos oficiais e que pretende concorrer à Presidência da República pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
Segundo o episódio, que usa reportagens fictícias escritas em português como imagens de apoio para dar corpo à trama, o grupo político que está no poder no país desde 2002 está envolvido em fraudes eleitorais e tem membros suscetíveis a subornos.
 
A série “Person of interest” faz sucesso desde o ano passado ao narrar a história de um bilionário misterioso que desenvolveu um programa de computador capaz de vigiar indivíduos e antecipar sua participação em crimes — seja como vítima, agressor ou testemunha. Em cada capítulo, o espectador acompanha a solução de um único caso.
 
No terceiro capítulo da segunda temporada, exibido na americana CBS no dia 18 do mês passado, os políticos brasileiros estão na mira. A morena Sofia Campos, interpretada pela mexicana Paloma Guzmán, é a filha indomável de Hector Campos — diplomata destacado para atuar no fictício consulado de Nova York e que é candidato à presidência do Brasil pelo PT.
 
“Sofia foi aceita em Oxford” — explica a voz do misterioso milionário em off já no segundo minuto da trama. “E o partido político do pai dela foi acusado de fraude na última eleição. Sequestros políticos não são incomuns no país dela”.
 
E, enquanto apresenta a protagonista, o seriado usa como imagens de apoio matérias fictícias publicadas por sites brasileiros sobre o PT. Numa delas, o título é claro: “DEM acusa de fraude o comitê eleitoral do PT”. No corpo da matéria, informa-se que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) investiga o partido.
 
Quando Hector Campos entra em cena, a voz do milionário volta ao off e destaca que o diplomata não aprova o namoro de Sofia com um “mauricinho” de Nova York chamado Jack. “A campanha política de Hector salienta igualdade socioeconômica para todos. Enquanto isso, sua filha passeia pela cidade com um cara rico”.
 
Enquanto Sofia se envolve com narcotraficantes, o seriado levanta a hipótese de uma conexão entre a máfia e a política brasileira. E Sofia não colabora. “Ela já teve mais de seis seguranças este ano, ninguém consegue acompanhá-la” — explica o pai, ao contratar mais um brutamontes. “Nem os seguranças do consulado?” — questiona ele.
“Não. Eles são brasileiros. Suscetíveis ao suborno político, à espionagem, a vazar fofocas para a imprensa.”
 
23 de novembro de 2012
Por Reinaldo Azevedo

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