Presidente marca evento em Brasília em que colocará todo o Ministério à disposição de prefeituras para discutir convênios
BRASÍLIA - De olho no apoio dos municípios para a eleição de 2014 e com
objetivo de se aproximar dos prefeitos recém-empossados, o Palácio do Planalto
vai fazer um showroom de seus programas e colocar ministros de plantão à
disposição dos novos executivos municipais entre os dias 28 e 30, no Centro de
Exposições, em Brasília.
Será uma megaestrutura com apresentação de planilhas e dados atualizados de todos os programas e convênios do governo federal.
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Em dia de visita de Dilma, Piauí tem apagão em 33 municípios
A estratégia é abrir um canal direto com os prefeitos e neutralizar, de certa
forma, deputados e senadores, assim como os lobistas, que tradicionalmente atuam
como facilitadores para obtenção de verbas nos ministérios. O encontro também
tenta esvaziar o discurso político dos pretensos presidenciáveis Eduardo Campos
(PSB) e Aécio Neves (PSDB), que defendem um novo pacto federativo.
O encontro foi convocado pela presidente Dilma Rousseff. Todos os ministros estão convocados para participar da cerimônia de abertura, no dia 28. Antes disso, porém, sete ministros já terão montado salas de atendimento para que os prefeitos tenham aulas sobre como usar toda a estrutura disponível do governo em favor dos municípios.
No fim do ano, a presidente encaminhou aos 5.566 prefeitos eleitos uma carta-convite, chamando-os para a viagem a Brasília. O convite, no entanto, não inclui pagamento de passagens, hospedagem ou refeições dos prefeitos. Os custos de R$ 3 milhões previstos pelo Planalto para o encontro incluem apenas gastos com a montagem e aluguel da estrutura do local das reuniões, sistema de som, internet, água e café.
Orientação.
Dilma determinou aos ministros que sejam didáticos e objetivos. Além disso, está proibido o uso de tom político em suas falas. A ordem é para que apenas expliquem os programas e projetos que estão ao alcance dos municípios e os caminhos que os prefeitos devem seguir para terem acesso aos benefícios.
A presidente quer aproveitar o momento político, em que os prefeitos estão montando seus governos e estabelecendo suas prioridades de trabalho, para trazê-los para mais perto do governo federal, informou um interlocutor da presidente. Hoje, há uma queixa em relação à redução dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Uma das formas de tentar reduzir estas queixas é abrir as portas dos ministérios aos prefeitos.
De certa maneira, esta também será uma forma de diminuir a pressão que o Planalto recebe dos parlamentares, em busca de pagamento de emendas. O governo sabe que as pressões por emendas sempre existirão, já que anualmente, elas representam R$ 15 milhões no Orçamento para cada um dos 513 deputados e 81 senadores. Mas, com um canal aberto direto com o prefeito, os deputados ficam mais neutralizados, tentando diminuir o “toma lá dá cá” que costuma acontecer nas vésperas de importantes votações no Congresso.
O governo quer ainda concentrar toda a movimentação dos prefeitos no Centro de Convenções, evitando, com isso, romaria deles aos ministérios. A data do encontro, em pleno recesso parlamentar, também foi cuidadosamente escolhida.
19 de janeiro de 2013
Tânia Monteiro, de O Estado de S. Paulo
Será uma megaestrutura com apresentação de planilhas e dados atualizados de todos os programas e convênios do governo federal.
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No fim do ano, a presidente encaminhou aos 5.566 prefeitos eleitos uma carta-convite, chamando-os para a viagem a Brasília. O convite, no entanto, não inclui pagamento de passagens, hospedagem ou refeições dos prefeitos. Os custos de R$ 3 milhões previstos pelo Planalto para o encontro incluem apenas gastos com a montagem e aluguel da estrutura do local das reuniões, sistema de som, internet, água e café.
Orientação.
Dilma determinou aos ministros que sejam didáticos e objetivos. Além disso, está proibido o uso de tom político em suas falas. A ordem é para que apenas expliquem os programas e projetos que estão ao alcance dos municípios e os caminhos que os prefeitos devem seguir para terem acesso aos benefícios.
A presidente quer aproveitar o momento político, em que os prefeitos estão montando seus governos e estabelecendo suas prioridades de trabalho, para trazê-los para mais perto do governo federal, informou um interlocutor da presidente. Hoje, há uma queixa em relação à redução dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Uma das formas de tentar reduzir estas queixas é abrir as portas dos ministérios aos prefeitos.
De certa maneira, esta também será uma forma de diminuir a pressão que o Planalto recebe dos parlamentares, em busca de pagamento de emendas. O governo sabe que as pressões por emendas sempre existirão, já que anualmente, elas representam R$ 15 milhões no Orçamento para cada um dos 513 deputados e 81 senadores. Mas, com um canal aberto direto com o prefeito, os deputados ficam mais neutralizados, tentando diminuir o “toma lá dá cá” que costuma acontecer nas vésperas de importantes votações no Congresso.
O governo quer ainda concentrar toda a movimentação dos prefeitos no Centro de Convenções, evitando, com isso, romaria deles aos ministérios. A data do encontro, em pleno recesso parlamentar, também foi cuidadosamente escolhida.
19 de janeiro de 2013
Tânia Monteiro, de O Estado de S. Paulo
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