Ai, ai…
Estou começando a gostar da “giovinezza” petista. A turma deu agora para usar “direitista” como sinônimo de gente com vergonha na cara. É… Talvez eu comece a adotar também esse critério.
As coisas serão assim: gente que se opõe à roubalheira de dinheiro público é “de direita”; gente que a defende ou a justifica é “de esquerda”. Para mim, está bom; parece-me um critério razoável. Mais: gente que defende as liberdades públicas e individuais, como Churchill, por exemplo, é “de direita”. Assassinos tarados, como Stálin, são “de esquerda”… Por que isso?
Sabem aquele jantar feito pela “giovinezza” petista para arrecadar fundos para os mensaleiros? Micou. Quem salvou a noite foi essa moça que vocês veem acima, a advogada Marília Gabriela Ferreira. Ela também foi lá. Exibiu um pequeno e preciso cartaz: se a petezada queria se solidarizar com os mensaleiros, poderia dividir com eles alguns anos de cana. Ótima ideia. Leiam texto de Júnia Gama, no Globo.
Um dos organizadores do esvaziado jantar que arrecadou fundos com o intuito de pagar parte das multas aplicadas aos condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão afirmou nesta sexta-feira que a manifestante que protestou contra o evento estava a serviço de “partidos de direita”.
“Tem um cunho partidário, não dá para ser ingênuo. Por mais que ela não tenha querido expressar, claro que ela era de algum partido da Direita, como PSDB, DEM, PPS, ou até do PSOL, que se classifica como Esquerda, mas tem se posicionado de maneira muito rígida sobre nossos companheiros no julgamento do mensalão”, afirmou Leopoldo Neto, secretário de Juventude do PT no Plano Piloto (DF).
Leopoldo se referia à advogada Marília Gabriela Ferreira, que levou à galeteria onde os petistas se encontraram na noite de ontem um cartaz com os dizeres: “Querem ajudar seus amigos? Então dividam com eles parte da pena restritiva de liberdade”. Na ocasião, Marília afirmou estar no local para um protesto “como cidadã”, sem vinculação partidária.
Os jovens militantes pretendem contribuir com parte do pagamento das multas estimadas em cerca de R$ 1,84 milhão, que serão aplicadas aos petistas José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares e João Paulo Cunha.
Pedro Henrichs, coordenador de Mobilização Social do Diretório regional da Juventude do PT no Distrito Federal, justificou que os condenados não participariam do evento porque José Dirceu e Delúbio Soares estariam “de férias”. Já Genoino e João Paulo estariam em um evento da bancada em São Paulo na noite do jantar. Mas todos teriam aprovado a iniciativa, de acordo com o grupo de jovens.
Apesar de terem comparecido apenas cerca de 50 pessoas, de acordo com o grupo, mais de 150 convites foram vendidos, a preços que variam de R$ 100 a R$ 1 mil. Os jovens não divulgaram o montante arrecadado com as vendas.
O único petista de alguma expressão presente ao evento foi a deputada federal Érika Kokay (PT-DF), que fez um discurso a favor dos condenados. Nem mesmo o filho de José Dirceu, o deputado Zeca Dirceu (PT-PR), compareceu ao jantar, alegando agenda no estado. A venda dos ingressos para o jantar para ajudar os petistas condenados pelo STF foi aberta a pessoas de todos os credos.
Os jovens admitiram que o ato era mais simbólico que efetivo, já que apenas uma pequena fração do valor necessário para cobrir as multas poderia ser arrecadada com o jantar. Pedro conta que sua ideia é “startar” (sic) um processo semelhante por todo o Brasil e que já até recebeu ligações de juventudes de outros estados, como Rio Grande do Sul, pedindo informações sobre como poderiam fazer eventos do tipo.
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19 de janeiro de 2013
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