FGTS Vale e Petrobras desabam em fevereiro, mês de pouco ganho
Fevereiro foi um
mês magro para investidores.
O calendário de apenas 17 dias úteis reduziu o retorno de aplicações em juros e houve ainda fortes perdas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).
Os trabalhadores que destinaram parte do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para ações da Petrobras e Vale tiveram as piores rentabilidades nas aplicações financeiras.
O FGTS Petrobras derreteu 17,17% no mês até o dia 25, segundo dados da Associação Brasileira dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O tombo foi resultado da nova política de distribuição de dividendos (lucro pago ao acionista) e do fraco resultado de 2012 da estatal.
Já o FGTS Vale recuou 10,95% no mês, com o menor preço do minério de ferro e preocupações sobre o marco regulatório da mineração.
- O mês foi ruim e sem boas opções para investidores. Nas aplicações de juros, os ganhos foram baixos - disse o administrador de investimentos Fabio Colombo.
Os fundos DI (pós-fixados) foram a melhor aplicação do mês, mas o retorno foi de apenas 0,41%. Os fundos de renda fixa (prefixados) ganharam minguados 0,27%.
Quem aplicou na caderneta de poupança depois de 4 de maio de 2012, ou seja, já com as novas regras, viu o dinheiro render 0,41%. Pelas regras antigas, o ganho foi de 0,50%, o piso de rendimento da caderneta.
Esse pouco de retorno foi ainda corroído pela inflação. O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou uma alta de 0,29% no mês.
O aplicador que apostou na renda variável se decepcionou. Os fundos de ações que acompanham o Ibovespa, índice de referência da Bolsa, perdeu 5,28% em fevereiro. No ano, o Ibovespa acumulou baixa de 5,79%, o terceiro pior resultado entre 94 índices de ações acompanhados pela Bloomberg News. Só perde para a Jamaica e a Eslováquia.
Segundo Hersz Ferman, gestor da Yield Capital, o fraco crescimento da economia brasileira explica uma fatia do mau resultado da Bolsa. Os investidores, principalmente os estrangeiros, são avessos às intervenções que o governo tem feito na economia, como na Petrobras e Vale, além dos setores elétrico e financeiro.
- O real mais valorizado também é ruim para o estrangeiro, já que deixa nosso mercado de ações mais caro para investir. A inflação alta também não ajuda a atrair os gringos - diz Ferman.
Os fundos cambiais (que investem em diferentes moedas, principalmente o dólar americano) perderam 0,57% no mês. Segundo analistas, o desejo do governo de ver a moeda num patamar mais baixo, para evitar uma alta maior da inflação, seria o principal motivo da perda dos fundos.
Já os fundos multimercados multiestratégias - que têm gestores profissionais e investem em diferentes ativos, como câmbio, juros e ações - acumularam, na média, perdas de 0,42% em fevereiro.
O calendário de apenas 17 dias úteis reduziu o retorno de aplicações em juros e houve ainda fortes perdas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).
Os trabalhadores que destinaram parte do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para ações da Petrobras e Vale tiveram as piores rentabilidades nas aplicações financeiras.
O FGTS Petrobras derreteu 17,17% no mês até o dia 25, segundo dados da Associação Brasileira dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O tombo foi resultado da nova política de distribuição de dividendos (lucro pago ao acionista) e do fraco resultado de 2012 da estatal.
Já o FGTS Vale recuou 10,95% no mês, com o menor preço do minério de ferro e preocupações sobre o marco regulatório da mineração.
- O mês foi ruim e sem boas opções para investidores. Nas aplicações de juros, os ganhos foram baixos - disse o administrador de investimentos Fabio Colombo.
Os fundos DI (pós-fixados) foram a melhor aplicação do mês, mas o retorno foi de apenas 0,41%. Os fundos de renda fixa (prefixados) ganharam minguados 0,27%.
Quem aplicou na caderneta de poupança depois de 4 de maio de 2012, ou seja, já com as novas regras, viu o dinheiro render 0,41%. Pelas regras antigas, o ganho foi de 0,50%, o piso de rendimento da caderneta.
Esse pouco de retorno foi ainda corroído pela inflação. O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou uma alta de 0,29% no mês.
O aplicador que apostou na renda variável se decepcionou. Os fundos de ações que acompanham o Ibovespa, índice de referência da Bolsa, perdeu 5,28% em fevereiro. No ano, o Ibovespa acumulou baixa de 5,79%, o terceiro pior resultado entre 94 índices de ações acompanhados pela Bloomberg News. Só perde para a Jamaica e a Eslováquia.
Segundo Hersz Ferman, gestor da Yield Capital, o fraco crescimento da economia brasileira explica uma fatia do mau resultado da Bolsa. Os investidores, principalmente os estrangeiros, são avessos às intervenções que o governo tem feito na economia, como na Petrobras e Vale, além dos setores elétrico e financeiro.
- O real mais valorizado também é ruim para o estrangeiro, já que deixa nosso mercado de ações mais caro para investir. A inflação alta também não ajuda a atrair os gringos - diz Ferman.
Os fundos cambiais (que investem em diferentes moedas, principalmente o dólar americano) perderam 0,57% no mês. Segundo analistas, o desejo do governo de ver a moeda num patamar mais baixo, para evitar uma alta maior da inflação, seria o principal motivo da perda dos fundos.
Já os fundos multimercados multiestratégias - que têm gestores profissionais e investem em diferentes ativos, como câmbio, juros e ações - acumularam, na média, perdas de 0,42% em fevereiro.
Bruno Villas Bôas O
Globo
01 de março de 2013
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