"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 19 de março de 2013

PORTO SEGURO COMISSÃO DE ÉTICA DA PRESIDÊNCIA QUER MAIS EXPLICAÇÕES DE SERVIDORES

Comissão amplia o prazo de resposta para 30 dias a partir da notificação


BRASÍLIA - A Comissão de Ética Pública, que se reuniu nesta segunda-feira, pediu mais explicações aos servidores envolvidos na Operação Porto Seguro, mas ampliou o prazo de resposta para 30 dias a partir da notificação.

O procedimento ético relatado pela conselheira Suzana Gomes Correa foi aberto em dezembro do ano passado e envolve a ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo Rosemary Noronha, o ex-advogado-adjunto da União José Weber de Holanda e os irmãos Paulo e Rubens Vieira, ex-diretores da Agência Nacional de Águas (ANA) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).


- Estamos aguardando o prazo. Serão 30 dias, dada a complexidade do tema. É um tema muito complicado. O processo é muito grande. Temos de garantir a ampla defesa - afirmou o presidente da Comissão de Ética, Américo Lacombe.

Rosemary, Weber e os irmãos Vieira são acusados de participarem do esquema de venda de pareceres técnicos do governo a empresas privadas. A Comissão de Ética recebeu o inquérito da Operação Porto Seguro, composto por oito volumes, e abriu novo prazo para os envolvidos, na semana passada. Os 30 dias vão vencer conforme a data da notificação de cada um deles.

A comissão também recebeu explicações da Corregedoria Geral da Advocacia da União (CGAU) sobre o arquivamento de sindicância aberta no órgão para investigar a atuação do ministro da Advocacia Geral da União, Luís Inácio Adams, no esquema investigado pela Operação Porto Seguro. Segundo a AGU, o documento enviado à comissão "apresenta os fundamentos jurídicos da Corregedoria que afastam qualquer irregularidade" de Adams no caso.

19 de março de 2013
Luiza Damé, O Globo

Nenhum comentário:

Postar um comentário