"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 30 de maio de 2013

AÉCIO: "CAMINHAMOS PARA O TERCEIRO ANO PERDIDO".

 

 
Dando sequência à sua tática de transformar tropeços do governo em degraus da oposição, o presidenciável Aécio Neves subiu no caixote para comentar o baixo crescimento do PIB no primeiro trimestre: “Caminhamos para o terceiro ano perdido para a economia brasileira”, disse o novo presidente do PSDB, referindo-se ao ciclo de governo da antagonista Dilma Rousseff.
 
Aécio manifestou-se por meio de nota. Infelizmente, as previsões mais pessimistas se confirmaram e o PIB de 0,6% do primeiro trimestre ficou abaixo das expectativas do mercado que eram de 0,9%”, anotou. “Constatamos, mais uma vez, que a economia brasileira continua emperrada, crescendo muito menos que o necessário para o país.”
 
Acrescentou: “Somam-se a este triste cenário as revisões que o mercado já faz para cima na projeção de inflação, em que pesem as inúmeras medidas de desoneração implantadas, e a já conhecida baixa capacidade de investimento do governo federal.” Cobrou do governo explicações sobre o distanciamento entre previsões e sobre as “medidas que serão tomadas para a reversao desse quadro.”
 
Aécio disse essas coisas um dia depois de ter cobrado de Dilma um “pedido de desculpas” pelo vaivém da Caixa Econômica Federal no episódio dos boatos sobre o Bolsa Família. Aparentemente, a conversão de Aécio em presidente do PSDB ateou nele uma irrefreável vontade de fazer o que a oposição não fazia: se opor.

30 de maio de 2013
Josias de Souza - UOL

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