"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 30 de maio de 2013

SERÁ QUE VAMOS DESPERTAR?


A partir do momento que assumiu o poder, o PT, de posse da chave do cofre e de uma caneta nervosa, postulou como tarefa primordial a apropriação do estado brasileiro.
 
A primeira investida, um inédito esquema de corrupção política atuando no Congresso visando à aprovação de projetos de interesse, encontrou, após denúncia de um dos envolvidos, forte oposição por parte de sociedade e culminou com a condenação, sete anos depois, dos implicados, pela Corte suprema, um raio de esperança na recuperação da ética e da auto-estima da república, embora até agora nenhum deles tenha ainda iniciado o cumprimento das penas.
 
A tênue oxigenação da dignidade nacional decorrente da atuação do Judiciário no episódio, não impediu, porém, que se constatasse, com o tempo, a completa submissão do Legislativo aos desígnios do governo, inclusive com a pulverização completa da frágil oposição.
 
O próximo passo, já em curso, é a desmoralização das instituições encarregadas da aplicar a lei, mediante propostas indecorosas de modificações do texto da Constituição, com o objetivo de diminuir o poder do STF, encaminhadas por  parlamentares a serviço do Planalto e não do interesse público do qual passam ao largo, além da nomeação recente, para ocupar vaga de Ministro da Corte, de advogado com passado de militância política e atuação no mínimo maliciosa ao defender a tese de não extradição para a Itália, incorporada pelo governo petista, do terrorista Cesare Battisti, atualmente acoitado no Brasil, em liberdade plena.
 
Quem poderá negar que o objetivo final de todas essas tentativas, com boa probabilidade de serem bem sucedidas, seja o estabelecimento de uma ditadura branca, solerte, cuja implantação, com todas as conseqüências ligadas a temas como, por exemplo, o controle da imprensa, faça com que a sociedade, anestesiada, a tudo assista sem reagir e quando o fizer talvez seja tarde demais?

30 de maio de 2013
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra reformado.

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