Combate à imigração
Sob pressão do governo brasileiro, países da região amazônica aumentam a fiscalização e deportação de haitianos que seguem para o Brasil
Pressionados pelo governo brasileiro, países vizinhos, usados como corredor de acesso para o Brasil, estão aumentando a detenção e deportação de haitianos que tentam chegar ao país.
Só nos últimos meses, chegou a mil o número de haitianos detidos e deportados na fonteira do Brasil. Em apenas dois meses, foram deportados 320 haitianos com documentos falsos. Estima-se que 2,1 mil tenham conseguido entrar ilegalmente no país. O Acre reclama da falta de estrutura para receber os imigrantes, que chegam ao estado após cruzar o Equador e o Peru.
Pressionado pelo governo brasileiro, o Peru aumentou a fiscalização da fornteira. De janeiro a abril deste ano, o país já deteve 679 haitianos que seguiam para o Brasil. O governo brasileiro vem se esforçando para convencer a República Dominicana e países da região amazônica a aumentar o controle do fluxo de haitianos e combater os esquemas montados por máfias que tentam atrair imigrantes para o Brasil com promessas de emprego.
Enquanto isso, Kristalina Georgieva, ministra da Europa para Cooperação Internacional e Ajuda Humanitária, pede para que países latino-americanos abram as portas aos imigrantes do Haiti, país mais pobre do Ocidente. "Gostaria de pedir aos países da região que recebessem esses haitianos, inclusive porque parte do salário deles será destinado justamente para suas famílias em seu país de origem, ajudando na reconstrução do Haiti", disse a ministra.
No mês passado, o primeiro-ministro haitiano, Laurent Lamonthe, veio ao Brasil na esperança de atrair investimentos para o Haiti. Durante a visita, Lamonthe afirmou que o Brasil pode ajudar o país a se recuperar e que o momento é bom para empresas brasileiras que desejam investir no Haiti. "Temos vários desafios a superar, e o Brasil pode nos ajudar. Precisamos deixar de receber apenas ajuda estrangeira e começar a receber investimentos privados. Existem ótimas oportunidades de investimentos no Haiti para empresas brasileiras", garantiu o primeiro-ministro.
05 de junho de 2013
Fontes: Estadão-Brasil pede, e vizinhos barram haitianos, Fiesp-‘Brasil tem capacidade de transformar o Haiti’, diz primeiro-ministro do país na Fiesp
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