"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 5 de junho de 2013

PREÇO DO FEIJÃO DISPARA E OBRIGA FAMÍLIA A RETIRAR A LEGUMINOSA DO CARDÁPIO

Preço do feijão sobe e governo aumenta importações com medo da inflação 

Disparada dos preços do produto, que ficou, em média, 30% mais caro neste ano, leva o governo a ampliar as compras no exterior. Famílias mais pobres já retiram a leguminosa do cardápio diário
 
O governo brasileiro decidiu aumentar a importação de feijão, diante da disparada dos preços do produto, que já está ocupando o lugar do tomate como vilão da inflação. Em várias partes do país, o quilo do feijão está sendo vendido a R$ 8, levando muitas famílias de baixa renda a retirá-lo do cardápio por total incapacidade de comprá-lo. Na média, a leguminosa subiu 30% desde o início do ano por causa de questões climáticas e pode encarecer pelo menos mais 30% nas próximas semanas devido à praga da mosca branca.


No entender dos especialistas, o quadro da produção de feijão no país é dramático. Eles explicaram que o segundo ciclo do feijão, que começa a ser colhido no fim deste mês, não deverá compensar a perda da primeira safra, que impactou o orçamento dos consumidores. Alertaram ainda que a terceira e última colheita deve cair bastante, já que o governo de Minas Gerais, segundo produtor do país, proibiu a plantação de feijão entre 15 de setembro e 25 de outubro no Noroeste do estado.



A determinação é conhecida como vazio sanitário e visa a exterminar um vírus transmitido pela mosca branca, que não causa problema ao ser humano, mas prejudica bastante a lavoura. O ciclo do inseto é de 20 dias. Daí a interrupção do plantio por 40 dias. Além de Minas, Goiás e Distrito Federal expediram a mesma ordem. “A intenção é tentar quebrar o ciclo da mosca branca. Há uma tendência do encarecimento do preço do feijão, pois a oferta será menor”, admitiu Pierre Vilela, coordenador da assessoria técnica da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg).
 
05 de junho de 2013
Rosana Hessel e Paulo Henrique Lobato - Correio Braziliense

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