"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 23 de junho de 2013

INFLAÇÃO ACIMA DA META TAMBÉM AFLIGE O DIA A DIA DOS BRITÂNICOS

Governo não consegue domar preços, que já subiram 2,8% até março


Tomates na Borough Market, em Londres: alta de 3,3% em 12 meses
Foto: / Vivian Oswald
Tomates na Borough Market, em Londres: alta de 3,3% em 12 meses / Vivian Oswald
LONDRES — Os brasileiros não são os únicos a sair do supermercado com a sensação de que a vida está ficando mais cara. Em queda de braço contra a inflação há pouco mais de quatro anos, o Reino Unido ainda está longe de conseguir domar os preços da economia.
Pelo menos até 2016, a expectativa do governo britânico é que os índices vão continuar acima da meta de 2%. Até março deste ano, no acumulado de 12 meses, a inflação era de 2,8%, o maior nível desde maio do ano passado.

Nada menos popular para um país cujos salários vêm perdendo do custo de vida desde junho de 2008. O governo — que pretende se reeleger daqui a dois anos — tem promovido sucessivos e desgastantes cortes orçamentários para segurar as contas públicas. A eleição para escolher o novo primeiro-ministro será em 2015.

— Estas flores que a senhora está comprando por 2,99 libras (cerca de R$ 6), eu vendia a 2,59 libras há seis meses. Foram mais de 15% de aumento. Tudo está mais caro mesmo — queixa-se a uma cliente o dono de uma loja no bairro de South Kensington, em Londres.

Nos últimos cinco anos, os gastos essenciais, que incluem alimentos, aluguéis, combustíveis e serviços básicos, subiram de 25% a 39%, segundo a consultoria Capital Economics, bem acima dos rendimentos das famílias.

23 de junho de 2013
Vivian Oswald

Nenhum comentário:

Postar um comentário