Os protestos populares continuam se espalhando pelo país e agora as entidades que se mantiveram a distância todo esse tempo (MST, Militantes ligados ao PT e outras entidades “de esquerda”) tentam “pegar uma carona” na onda e realizam protestos reivindicando a tal “reforma política” ou simplesmente desejando sequestrar algum protagonismo que jamais possuíram.
Toda súbita adesão dessa corja nada mais é do que uma cortina de fumaça para fazer o que eles fazem de melhor: ganhar tempo e iludir a população que clama por melhorias reais.
E as maiores provas disso foram os pronunciamentos de Dilma, a fala de Lula (convocando os militantes para ir às ruas contra “à direita”) e a estranha insistência do governo (e do PT) nesse desnecessário plebiscito, na tal “reforma política” e até numa constituinte (como queriam no início).
Antes que você, amante do discurso bonito desses que se dizem “de esquerda”, possa querer saltar na minha jugular e espalhar todo meu sangue na sua camisa vermelha com a cara do Che; pare um instante e pense (mesmo no meio desse seu furor ideológico) se toda esse desejo de reformar nossa política é mesmo real ou mero fruto do oportunismo que eles sempre tiveram.
Use o cérebro que Deus lhe deu (e que seus pais gastaram um bom tempo e algum dinheiro para evoluir) e imagine os motivos que poderiam levar um governo que promoveu a corrupção eleitoral, o embuste partidário e achincalhou a nossa (já tão ruim) vida política de tal forma que a corrupção deixou de ser um desvio de conduta e passou a ser condição “sine qua non” para a ocupação de cargos em estatais e ministérios.
Em sã consciência você acha que alguém deste governo tem legitimidade (ou vontade) para se erguer e oferecer uma opção de reforma política que realmente vá limpar o cenário dantesco do banditismo político que experimentamos hoje?
Em minha humilde opinião, não. E digo mais, vejo com extremas reservas e desconfianças esse súbito adesismo do PT, das militâncias retrógradas e das forças que mantém essas oligarquias no poder a essas propostas.
Pois, como falar de reforma política se os mensaleiros (protegidos pelo governo que aí está e pelo PT) desfilam livremente pelo Congresso Nacional e são aplaudidos pela corja como se fossem heróis e elementos da mais alta estirpe?
Vejo o PT muito mais interessado em fazer emplacar o tão sonhado financiamento público de campanhas e ganhar tempo para fazer os ânimos se aplacarem e o país mergulhar no seu conformismo e bovinidade tradicional.
Vejo as forças que apoiam este governo farejando uma ótima oportunidade para satisfazerem suas (sempre insaciáveis) barrigas; chantageando e conseguindo ainda mais benesses, negociatas, maracutaias e favores dos petistas (eles próprios loucos e famintos pelo poder e por salvar os seus planos de se manterem vinte anos no poder e na posse dos cofres públicos para seu exclusivo deleite e prazer).
Vejo uma fumaça estranha no ar que fede a Venezuela, Bolívia, Equador e Argentina (leia-se totalitarismo) e as mesmas técnicas usadas para assegurar a instauração do pensamento bolivariano nesses países (com os costumeiros resultados desastrosos do socialismo populista e absolutista ao longo da história) e numa clara tentativa de fazer carga para diminuir (ou mesmo caçar) as liberdades individuais e de expressão como sempre manifestaram vontade (desde que assumiram o poder).
Essa fumaça fica ainda muito mais densa quando vemos que elementos das FARC foram flagrados infiltrados nas manifestações com o único objetivo de manipular a população visando promover distúrbios, ataques, saques e badernas vistos por todos nós.
Certamente, se conseguíssemos dissipar completamente essa fumaça, veríamos que junto a esses elementos das FARC há muita “gente boa” do MST, desses radicais partidos nanicos de esquerda e desses movimentos sociais que existem exclusivamente para mamar as verbas que o governo lhes repassa sem nunca realmente se interessar em representar os anseios populares.
Ao ver Renan Calheiros, José Sarney, Maluf, Lula, os mensaleiros, Dilma, o PT e tantos outros políticos de triste história apoiando a reforma política, o plebiscito e apregoando que agora (graças às vozes das ruas e ao empenho do governo) farão algo que, mesmo ocupando o poder há décadas, sempre se recusaram a fazer; minha consciência e minha parca inteligência dizem que, ao menos, devo desconfiar de que algo muito estranho está por trás disso tudo.
Afinal de contas; onde há fumaça, sempre há fogo.
Pense nisso.
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03 de julho de 2013
arthurius maximus
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