A exposição das empresas X, do empresário Eike Batista, no mercado financeiro está concentrada em cinco bancos brasileiros, de acordo com relatório do Bank of America Merril "Lynch, enviado a clientes.
Os estatais Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Caixa Econômica Federal estão entre as principais com R$ 4,888 bilhões e R$ 1,392 bilhão, respectivamente.
Em seguida estão os privados Bradesco, ItaúUnibanco e BTG Pactuai. Juntos, conforme cálculos dos analistas Alessandro Arlant, AnneMilne e Roy Yackulic, esses bancos somam exposição de mais de 9,4 bilhões às empresas do grupo X.Eles destacam, no relatório, que os números estão baseados nos balanços do primeiro trimestre deste ano e são apenas uma visão parcial da exposição global das empresas X aos bancos brasileiros.
“As informações e a divulgação das mesmas são pobres e, por isso, é tão difícil avaliar o tamanho da exposição dos bancos em relação às empresas X uma vez que ele pode estar subestimado”, avaliam os analistas.
Eles lembram que o fato de o grupo EBX, holding que concentra os negócios de Eike Batista, não ter capital aberto e, por isso, não divulgar informações sobre suas dívidas totais, dificulta uma análise mais apurada sobre o risco X para os bancos.
Além disso há, conforme atentam Arlant, Anne e Yackulic, títulos de dívidas, como debêntures, por exemplo, que não são contabilizadas na linha de empréstimos dos balanços das instituições bancárias e garantias concedidas.Os analistas destacam ainda que Bradesco (R$ 1,252 bilhão) e Itaú Unibanco (R$ 1,235 biIhão) têm uma exposição semelhante ao grupo X, representando 13% e 14% do seu capital, respectivamente.
Injeção. Já para o BTG, embora tenha uma menor exposição, da ordem de R$ 649 milhões, principalmente referente à MPX (R$ 459 milhões), dado o seu pequeno tamanho em relação aos bancos comerciais, a exposição é de 4,3% do seu capital total.
O JPMorgan estima que a OGX precisa de uma injeção mínima de capital de US$ 700 milhões para garantir a operação da petroleira até meados do próximo ano.
“A injeção de capital em meio a um desenvolvimento de capex (investimentos para a manutenção dos equipamentos e da produção) reduzido em 2014 pode ser um alívio para as necessidades de caixa no curto prazo, mas a geração de caixa dificilmente será suficiente para cobrir o vencimento de bônus de US$ 2,6 bilhões com vencimento em 2018, exigindo uma renegociação da dívida”, afirma o relatório da instituição financeira.
O Estado de S. Paulo
/ colaborou FERNANDA GUIMARÃES
Os estatais Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Caixa Econômica Federal estão entre as principais com R$ 4,888 bilhões e R$ 1,392 bilhão, respectivamente.
Em seguida estão os privados Bradesco, ItaúUnibanco e BTG Pactuai. Juntos, conforme cálculos dos analistas Alessandro Arlant, AnneMilne e Roy Yackulic, esses bancos somam exposição de mais de 9,4 bilhões às empresas do grupo X.Eles destacam, no relatório, que os números estão baseados nos balanços do primeiro trimestre deste ano e são apenas uma visão parcial da exposição global das empresas X aos bancos brasileiros.
“As informações e a divulgação das mesmas são pobres e, por isso, é tão difícil avaliar o tamanho da exposição dos bancos em relação às empresas X uma vez que ele pode estar subestimado”, avaliam os analistas.
Eles lembram que o fato de o grupo EBX, holding que concentra os negócios de Eike Batista, não ter capital aberto e, por isso, não divulgar informações sobre suas dívidas totais, dificulta uma análise mais apurada sobre o risco X para os bancos.
Além disso há, conforme atentam Arlant, Anne e Yackulic, títulos de dívidas, como debêntures, por exemplo, que não são contabilizadas na linha de empréstimos dos balanços das instituições bancárias e garantias concedidas.Os analistas destacam ainda que Bradesco (R$ 1,252 bilhão) e Itaú Unibanco (R$ 1,235 biIhão) têm uma exposição semelhante ao grupo X, representando 13% e 14% do seu capital, respectivamente.
Injeção. Já para o BTG, embora tenha uma menor exposição, da ordem de R$ 649 milhões, principalmente referente à MPX (R$ 459 milhões), dado o seu pequeno tamanho em relação aos bancos comerciais, a exposição é de 4,3% do seu capital total.
O JPMorgan estima que a OGX precisa de uma injeção mínima de capital de US$ 700 milhões para garantir a operação da petroleira até meados do próximo ano.
“A injeção de capital em meio a um desenvolvimento de capex (investimentos para a manutenção dos equipamentos e da produção) reduzido em 2014 pode ser um alívio para as necessidades de caixa no curto prazo, mas a geração de caixa dificilmente será suficiente para cobrir o vencimento de bônus de US$ 2,6 bilhões com vencimento em 2018, exigindo uma renegociação da dívida”, afirma o relatório da instituição financeira.
O Estado de S. Paulo
/ colaborou FERNANDA GUIMARÃES
03 de julho de 2013
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