Protestos, dólar e inflação já afetam projeções para PIB de 2014
CENÁRIO EXTERNO
A perspectiva de que os juros nos EUA podem subir antes que o esperado tem levado investidores a transferirem recursos de países emergentes para ativos americanos.
Em relatório recente, o Itaú Unibanco ressaltou que, em meio a esse processo de realocação, o real tem se desvalorizado mais do que as moedas de outros emergentes.
Segundo o banco, o baixo crescimento do PIB brasileiro e a incerteza sobre a política econômica podem explicar a depreciação mais acentuada do real. Para a instituição, isso pode fazer com que a moeda se aprecie menos quando o mercado se acalmar.
O economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, discorda da avaliação de que a economia tende a piorar em 2014.
Perfeito, que acertou o o resultado fraco do PIB no primeiro trimestre de 2013, acredita que o pessimismo em relação à economia brasileira está exagerado.
ÉRICA FRAGA DE SÃO PAULO
A desvalorização do real, o risco de inflação mais alta e o efeito das recentes manifestações sociais têm levado alguns economistas a prever um cenário econômico pior em 2014 do que neste ano.
Em média, o mercado ainda projeta crescimento de 3% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2014, acima da taxa de 2,4% esperada para 2013.
Em média, o mercado ainda projeta crescimento de 3% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2014, acima da taxa de 2,4% esperada para 2013.
Mas um número crescente de instituições começa a vislumbrar que dias piores virão antes que a economia comece a se recuperar, embora essa visão não seja consensual. Editoria de Arte/Folhapress
O Itaú Unibanco, a consultoria MB Associados e a corretora Nomura já esperam expansão mais fraca em 2014.
A consultoria Tendências está revisando os números, mas também vê o risco de desaceleração da atividade.
"Todos os fatores que determinam a demanda futura estão piorando. Bolsa em queda, juros em alta, fluxo de capitais caindo e por aí vai", afirma Tony Volpon, diretor da Nomura.
Uma análise da Nomura sobre o impacto de indicadores financeiros para a economia aponta risco de contração do PIB no fim deste ano.
Para Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, a incerteza em relação à política econômica e a deterioração fiscal afetaram as expectativas do setor produtivo e do mercado financeiro.
Segundo ele, além desses fatores, a alta de juros para combater a inflação e a forte oscilação da taxa de câmbio fazem com que "um cenário ruim em 2014 seja inevitável".
A consultoria Tendências está revisando os números, mas também vê o risco de desaceleração da atividade.
"Todos os fatores que determinam a demanda futura estão piorando. Bolsa em queda, juros em alta, fluxo de capitais caindo e por aí vai", afirma Tony Volpon, diretor da Nomura.
Uma análise da Nomura sobre o impacto de indicadores financeiros para a economia aponta risco de contração do PIB no fim deste ano.
Para Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, a incerteza em relação à política econômica e a deterioração fiscal afetaram as expectativas do setor produtivo e do mercado financeiro.
Segundo ele, além desses fatores, a alta de juros para combater a inflação e a forte oscilação da taxa de câmbio fazem com que "um cenário ruim em 2014 seja inevitável".
CENÁRIO EXTERNO
A perspectiva de que os juros nos EUA podem subir antes que o esperado tem levado investidores a transferirem recursos de países emergentes para ativos americanos.
Em relatório recente, o Itaú Unibanco ressaltou que, em meio a esse processo de realocação, o real tem se desvalorizado mais do que as moedas de outros emergentes.
Segundo o banco, o baixo crescimento do PIB brasileiro e a incerteza sobre a política econômica podem explicar a depreciação mais acentuada do real. Para a instituição, isso pode fazer com que a moeda se aprecie menos quando o mercado se acalmar.
O economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, discorda da avaliação de que a economia tende a piorar em 2014.
Perfeito, que acertou o o resultado fraco do PIB no primeiro trimestre de 2013, acredita que o pessimismo em relação à economia brasileira está exagerado.
"Acho que essa onda de pessimismo vai acabar sendo revista e isso tende a trazer uma recuperação do investimento", afirma. Para 2014, ele prevê alta de 3,5% do PIB, ante 2,1% neste ano.
ÉRICA FRAGA DE SÃO PAULO
07 de julho de 2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário