Um acordo entre o governo Sérgio Cabral e o Consórcio Maracanã S/A vai garantir que o grupo privado assuma o controle do maior estádio do país na próxima terça-feira sem ter cumprido as condições estabelecidas em contrato para que isso ocorra. Quando o edital de licitação do Maracanã foi lançado, foi estabelecido que o consórcio vencedor da concorrência (Odebrecht, AEG e IMX, de Eike Batista) só assumiria o controle do estádio após apresentar ao governo do Rio de Janeiro acordos para o uso da arena com, pelo menos, dois clubes cariocas. Isso garantiria que a principal função do Maracanã, a de ser palco dos principais jogos de futebol disputados no Rio de Janeiro, seria cumprida. Na licitação, ainda existia a possibilidade do consórcio assumir o controle do estádio sem o acordo com os clubes. Neste caso, porém, o grupo empresarial deveria informar ao governo que assumiria o risco de administrar o estádio sem a parceria com os times. Feito isso, o contrato de concessão da arena entraria em vigor e o consórcio passaria a responder pelo Maracanã. Em caso de desistência, o grupo de empresas teria de pagar multa ao governo. Na sexta-feira, no entanto, o governo do Rio informou que facilitou a vida do Consórcio Maracanã SA. O Estado garantiu o direito do grupo assumir o Maracanã, fazer obras no estádio e até realizar um jogo na arena mesmo sem o acordo com os dois clubes cariocas. Decidiu também que, caso o consórcio não consiga firmar esses acordos, poderá devolver o estádio ao governo sem multa. Na prática, o governo do Rio entregou o Maracanã ao seu futuro concessionário apesar do contrato firmado entre as partes não ter entrado em vigor. O governo informou que não tem mais interesse de administrar o estádio depois de sua reforma. Assim que a Fifa retirar as estruturas e equipamentos usados na Copa das Confederações, o Maracanã passará direto para o consórcio, mesmo com as pendências no contrato. QUESTÃO NEBULOSA As dúvidas sobre a administração do Maracanã começaram logo após a final da Copa das Confederações. Na terça-feira, dois dias após o jogo, o Consórcio Maracanã SA emitiu uma nota oficial informando que começaria a trabalhar no estádio na semana seguinte. No dia 21, realizaria o primeiro jogo no Maracanã sob gestão privada: Fluminense x Vasco. Até aquela terça-feira, nenhum clube carioca havia fechado contrato com o Consórcio Maracanã para jogar no estádio. Por isso, na quarta-feira, o UOL Esporte questionou o grupo empresarial e o governo: como o consórcio poderia assumir a gestão do estádio sem ter apresentado ao governo os acordos de utilização da arena? O governo do Rio de Janeiro explicou então que o consórcio poderia, sim, assumir o estádio sem a parceria com os times. Esclareceu que os acordos com os clubes eram, na verdade, uma garantia para o consórcio. Ele poderia abdicar dessa garantia e assumir o Maracanã sem os clubes. A partir do momento que o consórcio renunciasse do acordo com os clubes, o contrato de concessão entraria em vigor. Ainda na quarta-feira, o UOL Esporte procurou o consórcio: afinal, o grupo tem os acordos com os clubes ou vai abdicar disso e assumir o Maracanã por conta e risco? Na sexta-feira, a reportagem recebeu a resposta: nem um nem outro. Segundo nota enviada pelo Consórcio Maracanã, o grupo assume o estádio com o contrato ainda sem eficácia. Vai continuar negociando com clubes até o início de setembro (prazo previsto na licitação). Se não conseguir nenhum acordo até lá, definirá se fica ou não com o Maracanã. O governo já informou que não cobrará multa nenhuma em caso de desistência. (artigo enviado por Paulo Peres) 07 de julho de 2013 Vinicius Konchinski (UOL)
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
domingo, 7 de julho de 2013
SÉRGIO "GUARDANAPO" CABRAL IGNORA CONTRATO E ENTREGA MARACANÂ A CONSÓRCIO SEM DECISÃO SOBRE CLUBES
Um acordo entre o governo Sérgio Cabral e o Consórcio Maracanã S/A vai garantir que o grupo privado assuma o controle do maior estádio do país na próxima terça-feira sem ter cumprido as condições estabelecidas em contrato para que isso ocorra. Quando o edital de licitação do Maracanã foi lançado, foi estabelecido que o consórcio vencedor da concorrência (Odebrecht, AEG e IMX, de Eike Batista) só assumiria o controle do estádio após apresentar ao governo do Rio de Janeiro acordos para o uso da arena com, pelo menos, dois clubes cariocas. Isso garantiria que a principal função do Maracanã, a de ser palco dos principais jogos de futebol disputados no Rio de Janeiro, seria cumprida. Na licitação, ainda existia a possibilidade do consórcio assumir o controle do estádio sem o acordo com os clubes. Neste caso, porém, o grupo empresarial deveria informar ao governo que assumiria o risco de administrar o estádio sem a parceria com os times. Feito isso, o contrato de concessão da arena entraria em vigor e o consórcio passaria a responder pelo Maracanã. Em caso de desistência, o grupo de empresas teria de pagar multa ao governo. Na sexta-feira, no entanto, o governo do Rio informou que facilitou a vida do Consórcio Maracanã SA. O Estado garantiu o direito do grupo assumir o Maracanã, fazer obras no estádio e até realizar um jogo na arena mesmo sem o acordo com os dois clubes cariocas. Decidiu também que, caso o consórcio não consiga firmar esses acordos, poderá devolver o estádio ao governo sem multa. Na prática, o governo do Rio entregou o Maracanã ao seu futuro concessionário apesar do contrato firmado entre as partes não ter entrado em vigor. O governo informou que não tem mais interesse de administrar o estádio depois de sua reforma. Assim que a Fifa retirar as estruturas e equipamentos usados na Copa das Confederações, o Maracanã passará direto para o consórcio, mesmo com as pendências no contrato. QUESTÃO NEBULOSA As dúvidas sobre a administração do Maracanã começaram logo após a final da Copa das Confederações. Na terça-feira, dois dias após o jogo, o Consórcio Maracanã SA emitiu uma nota oficial informando que começaria a trabalhar no estádio na semana seguinte. No dia 21, realizaria o primeiro jogo no Maracanã sob gestão privada: Fluminense x Vasco. Até aquela terça-feira, nenhum clube carioca havia fechado contrato com o Consórcio Maracanã para jogar no estádio. Por isso, na quarta-feira, o UOL Esporte questionou o grupo empresarial e o governo: como o consórcio poderia assumir a gestão do estádio sem ter apresentado ao governo os acordos de utilização da arena? O governo do Rio de Janeiro explicou então que o consórcio poderia, sim, assumir o estádio sem a parceria com os times. Esclareceu que os acordos com os clubes eram, na verdade, uma garantia para o consórcio. Ele poderia abdicar dessa garantia e assumir o Maracanã sem os clubes. A partir do momento que o consórcio renunciasse do acordo com os clubes, o contrato de concessão entraria em vigor. Ainda na quarta-feira, o UOL Esporte procurou o consórcio: afinal, o grupo tem os acordos com os clubes ou vai abdicar disso e assumir o Maracanã por conta e risco? Na sexta-feira, a reportagem recebeu a resposta: nem um nem outro. Segundo nota enviada pelo Consórcio Maracanã, o grupo assume o estádio com o contrato ainda sem eficácia. Vai continuar negociando com clubes até o início de setembro (prazo previsto na licitação). Se não conseguir nenhum acordo até lá, definirá se fica ou não com o Maracanã. O governo já informou que não cobrará multa nenhuma em caso de desistência. (artigo enviado por Paulo Peres) 07 de julho de 2013 Vinicius Konchinski (UOL)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário