Aloprados do MPL começaram com 2000 manifestantes em são Paulo. Saíram dos protestos na 1ª semana, mas o movimento chegou a mais de um milhão no Brasil inteiro. Popularidade da Dilma caiu à metade
Como se vê, as manifestações foram notavelmente violentas. É conversa mole que se tratava de coisa de infiltrados. Os líderes do Passe Livre se negaram a condenar os vândalos. No dia 7, houve outro protesto. De novo, confronto e fechamento de vias importantes em São Paulo. Abaixo, o registro no Estadão e na Folha do dia 8.
No dia 11, os aloprados partiram para o pau mesmo. Recorreram até a coquetéis molotov. Embora o Passe Livre seja o queridinho das esquerdas da imprensa paulistana desde 2011, quando eram aliados do PT, ficava difícil defender os protestos em razão da violência. No dia 12, os dois principais jornais de São Paulo não deixavam muitas dúvidas sobre o que tinha acontecido. Um policial chegou a ser linchado. Sua foto não ganhou as primeiras páginas.
O 13 de junho
Nada intimidava os obcecados do Passe Livre. Afinal de contas, eles querem criar o socialismo no país a partir da catraca. É um objetivo confesso. E nova manifestação foi marcada para o dia 13.
Naquele mesmo dia 13, José Eduardo Cardozo “ofereceu ajuda” a Alckmin pelos jornais, sugerindo que havia perda de controle em São Paulo. Nos dias anteriores, concedera entrevistas atacando a polícia do estado. Petistas foram unânimes em condenar o governo do estado e a PM — incluindo Fernando Haddad, que havia, afinal de contas, decidido o reajuste das tarifas de ônibus.
A Al Qaeda eletrônica nas redes sociais se encarregou de transformar a pauleira no dia 13 na luta do bem — os manifestantes — contra o mal. A praça Tahrir era aqui. Surge, então, o bordão “Não é só pelos 20 centavos”. Bem, pensando a origem do movimento, nunca tinha sido mesmo, né? Convoca-se, então, o que começou a ser chamado de a megamanifestação do dia 17 de junho. O PT liberou seus aparelhos para participar, o que informei aqui. Aí, sim, era para parar São Paulo.
O 17 de junho e a derrocada da popularidade de Dilma
A manifestação do dia 17 virou uma questão nacional em três dias. Até porque o ânimo da imprensa já havia mudado. A Secretaria de Segurança paulista decide, então, que não seria imposta nenhuma restrição à circulação dos manifestantes — poderiam ocupar o que bem entendessem desde que não houvesse depredação; não seriam usadas nem balas de borracha nem bombas de gás ou de efeito moral, e a PM faria apenas a segurança dos manifestantes. A imprensa parou de cobrir o protesto para virar militante da causa — que, até então, se concentrava nas passagens de ônibus. E chegou, então, o grande dia.
Estima-se que 65 mil pessoas foram às ruas naquele dia 17. Ocorre que o Rio, com metade da população, levou pelo menos 100 mil. O protesto, estava claro, já não dizia respeito às passagens — esse era apenas um item. O alvo era maior: a corrupção, a ineficiência do governo, a gastança de dinheiro público. É importante notar que movimentos contra o uso de dinheiro público nos estádios se espalhavam pelo país, mas eram sempre coisa miúda, de meia dúzia. Viraram uma espécie de fermento. Os jornais do dia 18 já evidenciavam que Dilma e o Congresso Nacional haviam se transformado nos principais alvos das ruas. Vejam.
No dia 19, o prefeito Fernando Haddad (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciam a redução da tarifa dos transportes públicos. Como era de esperar, longe de desmobilizar as ruas (afinal, já não era pelos 20 centavos…), a decisão teve um efeito contrário: “Ah, então o método funciona, certo?”. E o resto é o que a gente tem visto.
Concluindo
Há um mês, a extrema esquerda do Passe Livre e outros alopradinhos resolveram ganhar as ruas. Dilma, então, segundo as pesquisas, vencia a eleição no primeiro turno, com certa folga. Três semanas depois, ela havia caído quase 30 pontos. O Passe Livre ainda ensaiou suspender as convocações de protestos quando, segundo disseram alguns de seus membros, perceberam que “a direita” (tadinha!) estava se aproveitando do movimento. Os protestos continuaram mesmo sem eles — aí, então, voltaram à “luta”. Mas eles já haviam perdido as ruas para pessoas de fato indignadas.
Um mês depois do primeiro protesto em São Paulo, Dilma está perdidaça. A sua última grande ideia é jogar os movimentos sociais contra o Congresso (vejam post). Podia não ser pelos 20 centavos, mas começou com eles. As esquerdas agora tentam tomar as ruas de volta para silenciar os protestos contra a corrupção transformando-os em manifestações em favor da reforma política. Vamos ver
Tags: Dilma, protestos, história dos protestos, governo do PT, organização PT, Movimento Passe Livre, passeata de 100 mil no Rio de Janeiro, Geraldo Alckmin, Haddad, 13 de junho, constituinte exclusiva, plebiscito, 17 de junho, quem controla as passeatas, a mão que balança o berço
Há exatamente um mês acontecia em SP primeiro ato violento do esquerdista Passe Livre! 30 dias depois, Dilma despencou 27 pontos, os petistas estão em pânico, todo mundo quer tudo ao mesmo tempo e agora, e as esquerdas tentam tomar de volta as ruas, que já não lhes pertencem
Há exatamente um mês, acontecia o primeiro ato de protesto promovido pelos alopradinhos extremistas do Movimento Passe Livre. Foi notavelmente violento. Depredaram ônibus e uma estação de metrô. Paus e pedras foram jogados contra a Polícia Militar, que estimou, então, em dois mil os manifestantes. Reproduzo trecho de reportagem da Folha:
“Em protesto contra a elevação da tarifa de ônibus, metrô e trens em São Paulo, manifestantes entraram em confronto com a Polícia Militar, interditaram vias e provocaram cenas de vandalismo ontem à noite na região central. O ato levou à interdição de vias como 23 de Maio, Nove de Julho e Paulista na hora de pico. Estações de metrô foram depredadas e fecharam. No centro e na Paulista, quebraram placas, picharam muros e ônibus, atearam fogo, provocaram danos a um shopping e ao Masp. Os manifestantes são ligados ao Movimento Passe Livre, liderado por estudantes e alas radicais de partidos.”
Abaixo as respectivas primeiras páginas da Folha e do Estadão do dia 7.
Há exatamente um mês, acontecia o primeiro ato de protesto promovido pelos alopradinhos extremistas do Movimento Passe Livre. Foi notavelmente violento. Depredaram ônibus e uma estação de metrô. Paus e pedras foram jogados contra a Polícia Militar, que estimou, então, em dois mil os manifestantes. Reproduzo trecho de reportagem da Folha:
“Em protesto contra a elevação da tarifa de ônibus, metrô e trens em São Paulo, manifestantes entraram em confronto com a Polícia Militar, interditaram vias e provocaram cenas de vandalismo ontem à noite na região central. O ato levou à interdição de vias como 23 de Maio, Nove de Julho e Paulista na hora de pico. Estações de metrô foram depredadas e fecharam. No centro e na Paulista, quebraram placas, picharam muros e ônibus, atearam fogo, provocaram danos a um shopping e ao Masp. Os manifestantes são ligados ao Movimento Passe Livre, liderado por estudantes e alas radicais de partidos.”
Abaixo as respectivas primeiras páginas da Folha e do Estadão do dia 7.
Como se vê, as manifestações foram notavelmente violentas. É conversa mole que se tratava de coisa de infiltrados. Os líderes do Passe Livre se negaram a condenar os vândalos. No dia 7, houve outro protesto. De novo, confronto e fechamento de vias importantes em São Paulo. Abaixo, o registro no Estadão e na Folha do dia 8.
No dia 11, os aloprados partiram para o pau mesmo. Recorreram até a coquetéis molotov. Embora o Passe Livre seja o queridinho das esquerdas da imprensa paulistana desde 2011, quando eram aliados do PT, ficava difícil defender os protestos em razão da violência. No dia 12, os dois principais jornais de São Paulo não deixavam muitas dúvidas sobre o que tinha acontecido. Um policial chegou a ser linchado. Sua foto não ganhou as primeiras páginas.
Vejam.
O 13 de junho
Nada intimidava os obcecados do Passe Livre. Afinal de contas, eles querem criar o socialismo no país a partir da catraca. É um objetivo confesso. E nova manifestação foi marcada para o dia 13.
Nesse dia, os valentes decidiram romper um acordo feito com a tropa de choque. Setores do PT já haviam aderido ao movimento porque, diziam, tratava-se de lutar “contra a polícia do Alckmin”.
A PM reagiu ao rompimento do bloqueio do choque e começou o confronto, o mais violento de todos eles.
Como se os três protestos anteriores tivessem sido pacíficos, jornalistas decretaram que a violência partira da polícia. Imagens cuidadosamente selecionadas transformavam os policiais em vilões, e os manifestantes em vítimas.
Militantes que haviam conduzido protestos estupidamente violentos foram alçados à condição de heróis lutando contra uma suposta ditadura. Jornalistas foram feridos com bala de borracha. Noticiou-se a coisa como ataque à liberdade de imprensa.
Vejam as capas da Folha e do Estadão do dia 14
Naquele mesmo dia 13, José Eduardo Cardozo “ofereceu ajuda” a Alckmin pelos jornais, sugerindo que havia perda de controle em São Paulo. Nos dias anteriores, concedera entrevistas atacando a polícia do estado. Petistas foram unânimes em condenar o governo do estado e a PM — incluindo Fernando Haddad, que havia, afinal de contas, decidido o reajuste das tarifas de ônibus.
A Al Qaeda eletrônica nas redes sociais se encarregou de transformar a pauleira no dia 13 na luta do bem — os manifestantes — contra o mal. A praça Tahrir era aqui. Surge, então, o bordão “Não é só pelos 20 centavos”. Bem, pensando a origem do movimento, nunca tinha sido mesmo, né? Convoca-se, então, o que começou a ser chamado de a megamanifestação do dia 17 de junho. O PT liberou seus aparelhos para participar, o que informei aqui. Aí, sim, era para parar São Paulo.
O 17 de junho e a derrocada da popularidade de Dilma
A manifestação do dia 17 virou uma questão nacional em três dias. Até porque o ânimo da imprensa já havia mudado. A Secretaria de Segurança paulista decide, então, que não seria imposta nenhuma restrição à circulação dos manifestantes — poderiam ocupar o que bem entendessem desde que não houvesse depredação; não seriam usadas nem balas de borracha nem bombas de gás ou de efeito moral, e a PM faria apenas a segurança dos manifestantes. A imprensa parou de cobrir o protesto para virar militante da causa — que, até então, se concentrava nas passagens de ônibus. E chegou, então, o grande dia.
Estima-se que 65 mil pessoas foram às ruas naquele dia 17. Ocorre que o Rio, com metade da população, levou pelo menos 100 mil. O protesto, estava claro, já não dizia respeito às passagens — esse era apenas um item. O alvo era maior: a corrupção, a ineficiência do governo, a gastança de dinheiro público. É importante notar que movimentos contra o uso de dinheiro público nos estádios se espalhavam pelo país, mas eram sempre coisa miúda, de meia dúzia. Viraram uma espécie de fermento. Os jornais do dia 18 já evidenciavam que Dilma e o Congresso Nacional haviam se transformado nos principais alvos das ruas. Vejam.
No dia 19, o prefeito Fernando Haddad (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciam a redução da tarifa dos transportes públicos. Como era de esperar, longe de desmobilizar as ruas (afinal, já não era pelos 20 centavos…), a decisão teve um efeito contrário: “Ah, então o método funciona, certo?”. E o resto é o que a gente tem visto.
Concluindo
Há um mês, a extrema esquerda do Passe Livre e outros alopradinhos resolveram ganhar as ruas. Dilma, então, segundo as pesquisas, vencia a eleição no primeiro turno, com certa folga. Três semanas depois, ela havia caído quase 30 pontos. O Passe Livre ainda ensaiou suspender as convocações de protestos quando, segundo disseram alguns de seus membros, perceberam que “a direita” (tadinha!) estava se aproveitando do movimento. Os protestos continuaram mesmo sem eles — aí, então, voltaram à “luta”. Mas eles já haviam perdido as ruas para pessoas de fato indignadas.
Um mês depois do primeiro protesto em São Paulo, Dilma está perdidaça. A sua última grande ideia é jogar os movimentos sociais contra o Congresso (vejam post). Podia não ser pelos 20 centavos, mas começou com eles. As esquerdas agora tentam tomar as ruas de volta para silenciar os protestos contra a corrupção transformando-os em manifestações em favor da reforma política. Vamos ver
Tags: Dilma, protestos, história dos protestos, governo do PT, organização PT, Movimento Passe Livre, passeata de 100 mil no Rio de Janeiro, Geraldo Alckmin, Haddad, 13 de junho, constituinte exclusiva, plebiscito, 17 de junho, quem controla as passeatas, a mão que balança o berço
07 de julho de 2013
Reinaldo Azevedo
Nenhum comentário:
Postar um comentário