Os representantes de Eike Batista estão correndo os bancos na tentativa de renegociar as dívidas de curto prazo do "império X", que chegam a R$ 7,9 bilhões, conforme levantamento feito pela Folha nos balanços das empresas do primeiro trimestre.
Isso significa que OGX (petróleo),
Isso significa que OGX (petróleo),
MMX (minério),
LLX (logística),
OSX (estaleiro),
MPX (energia) e CCX (carvão) precisam pagar ou renegociar todo esse volume de dinheiro até março de 2014.
Pelo menos R$ 1,5 bilhão tinha que ter sido equacionado até a sexta-feira passada.
A LLX renovou com o Bradesco um empréstimo de quase R$ 590 milhões que venceu em abril.
A LLX renovou com o Bradesco um empréstimo de quase R$ 590 milhões que venceu em abril.
A empresa diz que está em "negociações avançadas" com Bradesco
e BNDES para estender o prazo de pagamento de quase
R$ 900 milhões.
As demais companhias não disseram em que ponto está a renegociação das dívidas. Em comunicado ao mercado, o grupo EBX informou que só tem dívidas de longo prazo, mas estava se referindo apenas à holding. O nó está nas empresas, enquanto a holding tem pouca dívida.
Os números ajudam a entender a aflição dos investidores com as companhias de Eike, que sofrem uma crise de confiança e vêm sendo castigadas na Bolsa. Nos últimos 12 meses, as ações das empresas caíram entre 24,6% (MPX) e 85% (OSX).
Se for excluída a MPX, que depois da venda de uma fatia para a alemã E.ON deixou de ter sua dívida consolidada no grupo EBX, o endividamento de curto prazo das empresas cai para R$ 5,6 bilhões.
CREDORES
Para os analistas, a tendência é os bancos não serem tão duros nas negociações, porque têm muito a perder.
Os principais credores são Itaú BBA, Bradesco e BNDES, que emprestaram pelo menos R$ 1 bilhão cada um para pagamento no curto prazo.
e BNDES para estender o prazo de pagamento de quase
R$ 900 milhões.
As demais companhias não disseram em que ponto está a renegociação das dívidas. Em comunicado ao mercado, o grupo EBX informou que só tem dívidas de longo prazo, mas estava se referindo apenas à holding. O nó está nas empresas, enquanto a holding tem pouca dívida.
Os números ajudam a entender a aflição dos investidores com as companhias de Eike, que sofrem uma crise de confiança e vêm sendo castigadas na Bolsa. Nos últimos 12 meses, as ações das empresas caíram entre 24,6% (MPX) e 85% (OSX).
Se for excluída a MPX, que depois da venda de uma fatia para a alemã E.ON deixou de ter sua dívida consolidada no grupo EBX, o endividamento de curto prazo das empresas cai para R$ 5,6 bilhões.
CREDORES
Para os analistas, a tendência é os bancos não serem tão duros nas negociações, porque têm muito a perder.
Os principais credores são Itaú BBA, Bradesco e BNDES, que emprestaram pelo menos R$ 1 bilhão cada um para pagamento no curto prazo.
Editoria de Arte/Folhapress
Em seguida, vem a Caixa, com R$ 750 milhões.
As empresas de Eike têm dívidas de curto prazo com 11 bancos diferentes. A distribuição por banco não inclui as dívidas da MMX, única companhia aberta do grupo que não divulga essa informação.
O endividamento de curto prazo das empresas do "império X" representa 33% das dívidas totais do grupo, que chegam a R$ 23,7 bilhões. Cerca de R$ 9 bilhões dos empréstimos de longo prazo foram feitos pelo BNDES.
Para Sérgio Lazzarini, professor do Insper, o problema de Eike não é o tamanho da dívida, mas a incapacidade das empresas de gerar caixa.
"São projetos de infraestrutura de longa maturação, que exigem altos investimentos e não estão produzindo o que se imaginava", disse.
A crise de confiança do grupo começou há um ano, quando um campo de petróleo da OGX frustrou significativamente as expectativas de produção. A partir daí, os investidores começaram a questionar a capacidade do empresário de "entregar".
As dúvidas sobre a OGX contaminaram a OSX, estaleiro criado para produzir as plataformas para a petroleira.
Os negócios de Eike são todos interligados, o que significa ganhos de sinergia, mas também rápida deterioração em caso de crise.
QUEIMA DE CAIXA
Com exceção da MMX, todas as outras empresas de Eike "queimaram caixa" no primeiro trimestre, o que significa destruir riqueza. Isso em razão do alto endividamento e/ou porque a operação ainda não consegue produzir o suficiente para fazer frente aos compromissos.
A OGX e a OSX, as duas empresas em situação mais delicada hoje, tiveram geração negativa de caixa de R$ 1,07 bilhão e R$ 399 milhões, respectivamente. Por isso, não basta apenas renegociar as dívidas.
QUEIMA DE CAIXA
Com exceção da MMX, todas as outras empresas de Eike "queimaram caixa" no primeiro trimestre, o que significa destruir riqueza. Isso em razão do alto endividamento e/ou porque a operação ainda não consegue produzir o suficiente para fazer frente aos compromissos.
A OGX e a OSX, as duas empresas em situação mais delicada hoje, tiveram geração negativa de caixa de R$ 1,07 bilhão e R$ 399 milhões, respectivamente. Por isso, não basta apenas renegociar as dívidas.
Eike também precisar cortar os investimentos e vender ativos para injetar capital nas empresas.
VENDA DE ATIVOS Com a ajuda do banco BTG, de André Esteves, Eike já vendeu uma fatia da MPX para a E.ON, uma participação num campo de petróleo da OGX para a Petronas e está em negociações com Trafigura e Glencore para vender parte da MMX.
Também está em busca de investidores para LLX e OSX, mas até agora as conversas não avançaram. Praticamente todos os ativos do grupo estão à venda, inclusive o hotel Glória, no Rio. "É como uma pessoa física que estoura o cheque especial e agora tem que vender o carro para cobrir o rombo. Ele está vendendo pedaços das empresas", diz Pedro Galdi, analista da SLW Corretora.
A tendência é Eike manter uma fatia minoritária nos negócios que criou, podendo até chegar a perder o controle.
VENDA DE ATIVOS Com a ajuda do banco BTG, de André Esteves, Eike já vendeu uma fatia da MPX para a E.ON, uma participação num campo de petróleo da OGX para a Petronas e está em negociações com Trafigura e Glencore para vender parte da MMX.
Também está em busca de investidores para LLX e OSX, mas até agora as conversas não avançaram. Praticamente todos os ativos do grupo estão à venda, inclusive o hotel Glória, no Rio. "É como uma pessoa física que estoura o cheque especial e agora tem que vender o carro para cobrir o rombo. Ele está vendendo pedaços das empresas", diz Pedro Galdi, analista da SLW Corretora.
A tendência é Eike manter uma fatia minoritária nos negócios que criou, podendo até chegar a perder o controle.
O que ninguém sabe ainda é se isso será suficiente para salvar o império daquele que já foi o sétimo homem mais rico do mundo.
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01 de julho de 2013
camuflados
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