Foi um grande domingo. Dispensados de vaiar os farsantes foragidos, livres de discurseiras triunfalistas que tentaram transformar campeonato de futebol em instrumento eleitoreiro, 80 mil torcedores aplaudiram não o triunfo da pátria de chuteiras, mas uma bonita vitória da seleção brasileira sobre a Espanha campeã do mundo. Eles festejaram simultaneamente a conquista da Copa das Confederações e o sumiço dos embusteiros que, antes da revolta da rua, estariam sorrindo na tribuna de honra.
Ao cantar o Hino Nacional à capela, e várias vezes, a multidão fez mais do que mostrar que o Brasil não foi nem será privatizado pela seita lulopetista. Também deixou claro que enfim aprendeu que a alegria e a indignação já não são incompatíveis.
Neste inverno, o viveiro de conformados descobriu que o grito de gol pode conviver amistosamente com o berro coletivo que exige cadeia para os que enterraram 1,2 bilhão de reais na reforma do estádio. Foi por isso que Lula, Dilma Rousseff, Sérgio Cabral e Eduardo Paes ficaram longe do Maracanã.
Em julho de 2010, assim que terminou a Copa da África do Sul, um jornalista perguntou a Jerôme Walcke como andavam os preparativos para a Copa do Brasil.
Falta quase tudo, informou o secretário-geral da Fifa. Ofendido pela constatação, o ainda presidente Lula revidou com o carrinho por trás descrito no post republicado na seção Vale Reprise.
“Já começam aqueles a dizer: ‘Cadê os estádios brasileiros, cadê os aeroportos brasileiros, cadê os corredores de trem brasileiros, cadê os metrôs brasileiros?’” , esbravejou o palanque ambulante de passagem pela África.
“Como se nós fôssemos um bando de idiotas que não soubéssemos fazer as coisas e não soubéssemos definir as nossas prioridades”.
Quem trata os brasileiros como idiotas é o presidente da República, retifiquei.
Tratava, corrijo-me agora. Desde o começo das manifestações de protesto, o gênio da raça anda bem mais cuidadoso. Logo estará fingindo que nem sabe direito o que a Fifa faz. Poderosos poltrões sempre ficam afônicos quando a multidão alforriada ergue a voz.
01 de julho de 2013
Augusto Nunes
Neste inverno, o viveiro de conformados descobriu que o grito de gol pode conviver amistosamente com o berro coletivo que exige cadeia para os que enterraram 1,2 bilhão de reais na reforma do estádio. Foi por isso que Lula, Dilma Rousseff, Sérgio Cabral e Eduardo Paes ficaram longe do Maracanã.
Em julho de 2010, assim que terminou a Copa da África do Sul, um jornalista perguntou a Jerôme Walcke como andavam os preparativos para a Copa do Brasil.
Falta quase tudo, informou o secretário-geral da Fifa. Ofendido pela constatação, o ainda presidente Lula revidou com o carrinho por trás descrito no post republicado na seção Vale Reprise.
“Já começam aqueles a dizer: ‘Cadê os estádios brasileiros, cadê os aeroportos brasileiros, cadê os corredores de trem brasileiros, cadê os metrôs brasileiros?’” , esbravejou o palanque ambulante de passagem pela África.
“Como se nós fôssemos um bando de idiotas que não soubéssemos fazer as coisas e não soubéssemos definir as nossas prioridades”.
Quem trata os brasileiros como idiotas é o presidente da República, retifiquei.
Tratava, corrijo-me agora. Desde o começo das manifestações de protesto, o gênio da raça anda bem mais cuidadoso. Logo estará fingindo que nem sabe direito o que a Fifa faz. Poderosos poltrões sempre ficam afônicos quando a multidão alforriada ergue a voz.
01 de julho de 2013
Augusto Nunes
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