"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 20 de maio de 2012

PRESENÇA DO BARÃO DE RIO BRANCO, O GRANDE BRASILEIRO





Reconhecido hoje como um dos mais fortes e promissores países, já na condição de sexta economia mundial, o Brasil deve muito de suas riquezas ao advogado, diplomata, geógrafo e historiador José Maria da Silva Paranhos Júnior, primeiro e único Barão do Rio Branco, cujo centenário de morte está sendo celebrado este ano.

Nascido no Rio de Janeiro em 20 de abril de 1845, o Barão de Rio Branco morreu em 10 de fevereiro de 1912. Representando o Brasil, foi responsável pelos mais importantes acordos internacionais referentes às nossas fronteiras, que incorporam ao Brasil cerca de 15% de seu atual território (veja o mapa abaixo).

Em 1895, já havia conseguido assegurar para o Brasil boa parte do território dos estados de Santa Catarina e Paraná, em litígio contra a Argentina no que ficou conhecido como a questão de Palmas.
Depois, obteve uma vitória diplomática sobre a França no caso da fronteira do Amapá com a Guiana Francesa, causa ganha pelo Brasil em 1900 em uma arbitragem do governo suíço.

Foi o prestígio obtido nesses dois casos que fez com que o presidente Rodrigues Alves escolhesse Rio Branco para o posto máximo da diplomacia em 1902, quando o Brasil estava justamente envolvido em mais uma questão de fronteiras, desta vez com a Bolívia.

Em 1903, o chanceler Rio Branco assinou com a Bolívia o tratado de Petrópolis, pondo fim ao conflito dos dois países em relação ao território do Acre, que passou a pertencer ao Brasil mediante compensação econômica e pequenas concessões territoriais.

E foi o chanceler Rio Branco que criou a primeira embaixada brasileira em Washington, em 1905, quando já vislumbrava estarem os Estados Unidos a caminho de se transformar em superpotência.



20 de maio de 2012
Carlos Newton

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