Artigos - Movimento Revolucionário
“The new millennium has not brought much progress for women seeking top leadership roles in the workplace. Although female graduates continue to pour out of colleges and professional schools, the percentages of women running large companies, or serving as managing partners of their law firms, or sitting on corporate boards have barely budged in the past decade.
Why has progress stalled? A recent study suggests the unlikeliest of reasons: the marriage structure of men in the workplace”.
Via Are Women Held Back by Colleagues' Wives? – Lauren Stiller Rikleen – Harvard Business Review.
“A mente humana é constituída de tal forma, que o erro e a mentira podem sempre ser expressos de maneira mais sucinta do que a sua refutação. Uma única palavra falsa requer muitas para ser desmentida.” Olavo de Carvalho
No artigo supracitado podemos ver como uma jornalista feminista atribuiu a “culpa” do fato de as mulheres não subirem nas suas carreiras profissionais… às mulheres que optam por ficar em casa a tomar conta dos seus filhos!. Vamos dissecar essa narrativa feminista.
Em primeiro lugar, a feminista parte do princípio da validade de um alegado “estudo científico”, alegadamente realizado por algumas universidades, estudo esse que chegou à conclusão, nomeadamente, que os homens casados com mulheres mães-em-casa [ou seja, mulheres com trabalho doméstico] são mais suscetíveis de bloquear a subida na carreira de mulheres no trabalho externo.
Em segundo lugar, e segundo esse “estudo científico”, a feminista diz que os lugares de topo na administração das empresas são ocupados por homens que demonstram resistência à subida das mulheres na estrutura da empresa.
Em terceiro lugar, e ainda segundo o “estudo científico”, a feminista diz que “as estruturas do casamento desempenham um papel importante na vida econômica que vai para além das quatro paredes do lar”. E acrescenta que “as estruturas do casamento afetam, de modo consciente ou inconsciente, o modo como as pessoas vêem os papéis de gênero e como classificam as outras pessoas”.
Em quarto lugar, e decorrendo dos pontos anteriores, a feminista diz que mesmo que um chefe macho apóie, explicita e publicamente, a subida das mulheres na empresa, ele terá, mesmo assim, um comportamento contraditório em relação aos obstáculos que as mulheres na empresa enfrentam para conseguir essa subida. E esses obstáculos são, alegadamente, os homens casados e as suas respectivas mulheres que trabalham em casa e a cuidar dos seus filhos.
Agora, vamos analisar a narrativa e o raciocínio da feminista.
A jornalista feminista parte do princípio segundo o qual um simples curso superior ou técnico é a garantia de que uma mulher suba na empresa. Mas não é: nem para mulheres, nem para homens.
Os lugares de chefia, em qualquer organização, obedecem a padrões de comportamento, e a uma certa forma de estar e de ser, que são, em grande parte, naturais e mesmo inatos, e que correspondem ao conceito de “manliness” segundo o livro homônimo de Harvey C. Mansfield. Algumas mulheres possuem as características do conceito de “manliness”, segundo Harvey Mansfield; e muitos homens — mas nem todos — também as possuem.
A grande dificuldade dos “intelectuais” da nossa época é conceber a noção de “juízo universal”.
Ainda não percebi se essa dificuldade é endógena — burrice, mesmo! —, ou se é apenas um instrumento de luta política.
Fazendo um juízo universal, podemos dizer que devido a essas características naturais, os homens têm mais a tendência, do que as mulheres, por exemplo, para pilotar aviões de caça a jato, ou a pilotar automóveis de Fórmula 1. Isso não significa que não existam mulheres que pilotem aviões de caça ou carros de F1; mas por juízo universal, e devido a características inatas, o homem está em maior número no desempenho dessas atividades.
Desde que o homo sapiens existe, que existe com ele a divisão do trabalho por sexos. Normalmente, o homem ia à caça e/ou à pesca, e a mulher ficava em casa a cuidar da família, mas a divisão de trabalho segundo os sexos nunca foi estanque — mais uma vez, faço apelo ao juízo universal. Devido a essa divisão de trabalho por sexos, foi a mulher que descobriu e desenvolveu a agricultura — e não o homem, cuja actividade apenas se reduzia à caça e à coleta. A descoberta da agricultura pela mulher que trabalhava em casa, permitiu uma enorme diferenciação cultural que fez avançar as sociedades humanas em todas as áreas. Foi mesmo a agricultura, descoberta e desenvolvida pela mulher, que deu à mulher um papel social tão importante que permitiu a formação de sociedades matriarcais que ainda hoje existem.
Em contraponto, na sociedade Neanderthal, a mulher acompanhava o homem na caça e na coleta, e por isso, a mulher nunca teve a possibilidade de descobrir e de desenvolver a agricultura. Em resultado, as crianças Neanderthal ficavam sozinhas em casa, mal cuidadas e mal alimentadas. Análises feitas a ossadas pertencentes ao Homem de Neanderthal revelaram deficiências graves e sistêmicas no nível da alimentação. E a verdade é que não só o Homem de Neanderthal não se multiplicou, como espécie, de forma suficiente para se manter minimamente, como até se extinguiu; desapareceu! E isto porque o Homem de Neanderthal não compreendeu a importância da divisão de trabalho pelos dois sexos [apelando aqui, mais uma vez, ao juízo universal].
Ao longo da nossa História, sempre surgiram, a vários níveis da sociedade, mulheres que saíram dos padrões do juízo universal das funções dos dois sexos — segundo o conceito de “manliness” de Harvey Mansfield. Seria prolixo estar aqui a enumerar exemplos de mulheres que saíram desse juízo universal. Mas isso não significa que as exceções se transformem em regra, sob pena de termos o mesmo destino do Homem de Neanderthal — hoje não propriamente por deficiências de alimentação, mas por outras razões mais atuais e modernas.
Portanto, a liderança de uma organização implica a existência de determinadas qualidades que, na maior parte dos casos, são inatas e naturais: algumas mulheres têm essas qualidades e muitos homens também as têm.
Porém, o que a jornalista feminista pretende com a sua narrativa, é fazer crer aos leitores que a liderança de uma organização não depende, de forma alguma, de qualidades naturais e inatas, mas apenas depende da formação técnica. Segundo ela, basta que uma mulher não se case, ou não tenha filhos, e que tenha uma determinada formação técnica, para estar automaticamente habilitada a subir na estrutura de poder de uma organização. É neste contexto ideológico errado que o feminismo e o politicamente correto defendem a ideia de quotas fixas para as mulheres nas estruturas das organizações e instituições.
O estabelecimento de quotas por sexos tem uma dupla consequência nefasta para a sociedade: primeiro, reduz drasticamente a eficiência das organizações e das instituições; segundo, tentam impor na cultura antropológica a ideia segundo a qual as características individuais inatas não têm importância nenhuma.
Devido exatamente às características inatas diferentes entre os dois sexos — e faço, mais uma vez e por favor, apelo à noção de juízo universal —, a progressão da mulher [em geral] em lugares de chefia, ou de progressão na carreira, são limitadas, assim como nem todos os homens têm acesso a posições de chefia e de progressão na carreira devido às suas características individuais inatas. Defender a ideia segundo a qual a mulher [em termos gerais] pode progredir na carreira de trabalho externo sem limitações que não sejam apenas as de ordem de formação técnica, é defender que a sociedade caminhe para uma “singularidade”.
Em termos matemáticos, uma “singularidade” é o ponto em um determinado domínio de uma função no qual o valor da função se torna indefinido. Em uma singularidade típica, a função “aponta para o infinito”, ou seja, na área em torno da singularidade, o valor da função aumenta à medida em que este se aproxima daquela ― quanto mais próximo da singularidade, maior é o valor; quando o valor chega à singularidade, torna-se infinito. Em termos da lógica, a singularidade aponta para o absurdo de uma função.
Na astrofísica, o buraco-negro é também referido como uma “singularidade”. Quando a matéria de uma estrela em fim de vida é comprimida para além de um determinado ponto ― conhecido como “radius de Schwarzchild” ―, torna-se impossível a alguma coisa escapar à sua gravidade, produzindo um ponto de massa de uma “densidade infinita”. Na singularidade, as leis da natureza e as leis da Física (e da ciência em geral) deixam de ser aplicáveis.
A ideia feminista da “resistência dos homens ao carreirismo das mulheres” [em geral], parte do princípio de que o risco dessa “singularidade” não existe na sociedade. Em alternativa, o feminismo e o politicamente correto defendem para a nossa sociedade um modelo utópico idêntico ao da “República” de Platão — em que o Estado teria uma força plenipotenciária sobre o indivíduo, e a família nuclear seria, em termos práticos e objetivos, abolida: estamos já em presença da defesa da “singularidade” para a sociedade, ou da extinção do novo Homem de Neanderthal.
Em boa verdade, retire-se ao Estado alguns dos seus poderes extraordinários, e o movimento feminista e a sua propaganda ideológica deixam de ser financiados com o dinheiro de todos os contribuintes.
Uma mulher que possua as características inatas próprias e adequadas para a liderança, afirma-se entre os homens com uma naturalidade idêntica à de um homem com essas mesmas características. Este ponto é indiscutível, porque é baseado na experiência e nos fatos.
O que nós não podemos fazer — como a jornalista feminista faz! — é atribuir as causas dos fenômenos culturais, sociais ou históricos, à putativa e alegada psicologia dos indivíduos: antes, devemos analisar as causas dos fenômenos humanos em função daquilo a que Karl Popper chama de “lógica de situação”. Devemos colocar-nos no lugar do outro, e perguntar: “o que eu faria, estando no lugar dele?”
E perguntar: “o que eu faria, estando no lugar de um homem que lida com uma mulher no trabalho que julga que — apenas por ter uma adequada formação técnica — adquiriu o direito inalienável e indiscutível de subir na carreira, e ascender automaticamente a lugares de chefia?”
A utilização de argumentos psicológicos numa discussão, para além de poder roçar o ad hominem, é uma forma de desonestidade intelectual, ou de simplismo. E, como diz Olavo de Carvalho, não há nada mais simples do que o erro.
Orlando Braga
13 de junho de 2012
http://espectivas.wordpress.com/
Why has progress stalled? A recent study suggests the unlikeliest of reasons: the marriage structure of men in the workplace”.
Via Are Women Held Back by Colleagues' Wives? – Lauren Stiller Rikleen – Harvard Business Review.
“A mente humana é constituída de tal forma, que o erro e a mentira podem sempre ser expressos de maneira mais sucinta do que a sua refutação. Uma única palavra falsa requer muitas para ser desmentida.” Olavo de Carvalho
No artigo supracitado podemos ver como uma jornalista feminista atribuiu a “culpa” do fato de as mulheres não subirem nas suas carreiras profissionais… às mulheres que optam por ficar em casa a tomar conta dos seus filhos!. Vamos dissecar essa narrativa feminista.
Em primeiro lugar, a feminista parte do princípio da validade de um alegado “estudo científico”, alegadamente realizado por algumas universidades, estudo esse que chegou à conclusão, nomeadamente, que os homens casados com mulheres mães-em-casa [ou seja, mulheres com trabalho doméstico] são mais suscetíveis de bloquear a subida na carreira de mulheres no trabalho externo.
Em segundo lugar, e segundo esse “estudo científico”, a feminista diz que os lugares de topo na administração das empresas são ocupados por homens que demonstram resistência à subida das mulheres na estrutura da empresa.
Em terceiro lugar, e ainda segundo o “estudo científico”, a feminista diz que “as estruturas do casamento desempenham um papel importante na vida econômica que vai para além das quatro paredes do lar”. E acrescenta que “as estruturas do casamento afetam, de modo consciente ou inconsciente, o modo como as pessoas vêem os papéis de gênero e como classificam as outras pessoas”.
Em quarto lugar, e decorrendo dos pontos anteriores, a feminista diz que mesmo que um chefe macho apóie, explicita e publicamente, a subida das mulheres na empresa, ele terá, mesmo assim, um comportamento contraditório em relação aos obstáculos que as mulheres na empresa enfrentam para conseguir essa subida. E esses obstáculos são, alegadamente, os homens casados e as suas respectivas mulheres que trabalham em casa e a cuidar dos seus filhos.
Agora, vamos analisar a narrativa e o raciocínio da feminista.
A jornalista feminista parte do princípio segundo o qual um simples curso superior ou técnico é a garantia de que uma mulher suba na empresa. Mas não é: nem para mulheres, nem para homens.
Os lugares de chefia, em qualquer organização, obedecem a padrões de comportamento, e a uma certa forma de estar e de ser, que são, em grande parte, naturais e mesmo inatos, e que correspondem ao conceito de “manliness” segundo o livro homônimo de Harvey C. Mansfield. Algumas mulheres possuem as características do conceito de “manliness”, segundo Harvey Mansfield; e muitos homens — mas nem todos — também as possuem.
A grande dificuldade dos “intelectuais” da nossa época é conceber a noção de “juízo universal”.
Ainda não percebi se essa dificuldade é endógena — burrice, mesmo! —, ou se é apenas um instrumento de luta política.
Fazendo um juízo universal, podemos dizer que devido a essas características naturais, os homens têm mais a tendência, do que as mulheres, por exemplo, para pilotar aviões de caça a jato, ou a pilotar automóveis de Fórmula 1. Isso não significa que não existam mulheres que pilotem aviões de caça ou carros de F1; mas por juízo universal, e devido a características inatas, o homem está em maior número no desempenho dessas atividades.
Desde que o homo sapiens existe, que existe com ele a divisão do trabalho por sexos. Normalmente, o homem ia à caça e/ou à pesca, e a mulher ficava em casa a cuidar da família, mas a divisão de trabalho segundo os sexos nunca foi estanque — mais uma vez, faço apelo ao juízo universal. Devido a essa divisão de trabalho por sexos, foi a mulher que descobriu e desenvolveu a agricultura — e não o homem, cuja actividade apenas se reduzia à caça e à coleta. A descoberta da agricultura pela mulher que trabalhava em casa, permitiu uma enorme diferenciação cultural que fez avançar as sociedades humanas em todas as áreas. Foi mesmo a agricultura, descoberta e desenvolvida pela mulher, que deu à mulher um papel social tão importante que permitiu a formação de sociedades matriarcais que ainda hoje existem.
Em contraponto, na sociedade Neanderthal, a mulher acompanhava o homem na caça e na coleta, e por isso, a mulher nunca teve a possibilidade de descobrir e de desenvolver a agricultura. Em resultado, as crianças Neanderthal ficavam sozinhas em casa, mal cuidadas e mal alimentadas. Análises feitas a ossadas pertencentes ao Homem de Neanderthal revelaram deficiências graves e sistêmicas no nível da alimentação. E a verdade é que não só o Homem de Neanderthal não se multiplicou, como espécie, de forma suficiente para se manter minimamente, como até se extinguiu; desapareceu! E isto porque o Homem de Neanderthal não compreendeu a importância da divisão de trabalho pelos dois sexos [apelando aqui, mais uma vez, ao juízo universal].
Ao longo da nossa História, sempre surgiram, a vários níveis da sociedade, mulheres que saíram dos padrões do juízo universal das funções dos dois sexos — segundo o conceito de “manliness” de Harvey Mansfield. Seria prolixo estar aqui a enumerar exemplos de mulheres que saíram desse juízo universal. Mas isso não significa que as exceções se transformem em regra, sob pena de termos o mesmo destino do Homem de Neanderthal — hoje não propriamente por deficiências de alimentação, mas por outras razões mais atuais e modernas.
Portanto, a liderança de uma organização implica a existência de determinadas qualidades que, na maior parte dos casos, são inatas e naturais: algumas mulheres têm essas qualidades e muitos homens também as têm.
Porém, o que a jornalista feminista pretende com a sua narrativa, é fazer crer aos leitores que a liderança de uma organização não depende, de forma alguma, de qualidades naturais e inatas, mas apenas depende da formação técnica. Segundo ela, basta que uma mulher não se case, ou não tenha filhos, e que tenha uma determinada formação técnica, para estar automaticamente habilitada a subir na estrutura de poder de uma organização. É neste contexto ideológico errado que o feminismo e o politicamente correto defendem a ideia de quotas fixas para as mulheres nas estruturas das organizações e instituições.
O estabelecimento de quotas por sexos tem uma dupla consequência nefasta para a sociedade: primeiro, reduz drasticamente a eficiência das organizações e das instituições; segundo, tentam impor na cultura antropológica a ideia segundo a qual as características individuais inatas não têm importância nenhuma.
Devido exatamente às características inatas diferentes entre os dois sexos — e faço, mais uma vez e por favor, apelo à noção de juízo universal —, a progressão da mulher [em geral] em lugares de chefia, ou de progressão na carreira, são limitadas, assim como nem todos os homens têm acesso a posições de chefia e de progressão na carreira devido às suas características individuais inatas. Defender a ideia segundo a qual a mulher [em termos gerais] pode progredir na carreira de trabalho externo sem limitações que não sejam apenas as de ordem de formação técnica, é defender que a sociedade caminhe para uma “singularidade”.
Em termos matemáticos, uma “singularidade” é o ponto em um determinado domínio de uma função no qual o valor da função se torna indefinido. Em uma singularidade típica, a função “aponta para o infinito”, ou seja, na área em torno da singularidade, o valor da função aumenta à medida em que este se aproxima daquela ― quanto mais próximo da singularidade, maior é o valor; quando o valor chega à singularidade, torna-se infinito. Em termos da lógica, a singularidade aponta para o absurdo de uma função.
Na astrofísica, o buraco-negro é também referido como uma “singularidade”. Quando a matéria de uma estrela em fim de vida é comprimida para além de um determinado ponto ― conhecido como “radius de Schwarzchild” ―, torna-se impossível a alguma coisa escapar à sua gravidade, produzindo um ponto de massa de uma “densidade infinita”. Na singularidade, as leis da natureza e as leis da Física (e da ciência em geral) deixam de ser aplicáveis.
A ideia feminista da “resistência dos homens ao carreirismo das mulheres” [em geral], parte do princípio de que o risco dessa “singularidade” não existe na sociedade. Em alternativa, o feminismo e o politicamente correto defendem para a nossa sociedade um modelo utópico idêntico ao da “República” de Platão — em que o Estado teria uma força plenipotenciária sobre o indivíduo, e a família nuclear seria, em termos práticos e objetivos, abolida: estamos já em presença da defesa da “singularidade” para a sociedade, ou da extinção do novo Homem de Neanderthal.
Em boa verdade, retire-se ao Estado alguns dos seus poderes extraordinários, e o movimento feminista e a sua propaganda ideológica deixam de ser financiados com o dinheiro de todos os contribuintes.
Uma mulher que possua as características inatas próprias e adequadas para a liderança, afirma-se entre os homens com uma naturalidade idêntica à de um homem com essas mesmas características. Este ponto é indiscutível, porque é baseado na experiência e nos fatos.
O que nós não podemos fazer — como a jornalista feminista faz! — é atribuir as causas dos fenômenos culturais, sociais ou históricos, à putativa e alegada psicologia dos indivíduos: antes, devemos analisar as causas dos fenômenos humanos em função daquilo a que Karl Popper chama de “lógica de situação”. Devemos colocar-nos no lugar do outro, e perguntar: “o que eu faria, estando no lugar dele?”
E perguntar: “o que eu faria, estando no lugar de um homem que lida com uma mulher no trabalho que julga que — apenas por ter uma adequada formação técnica — adquiriu o direito inalienável e indiscutível de subir na carreira, e ascender automaticamente a lugares de chefia?”
A utilização de argumentos psicológicos numa discussão, para além de poder roçar o ad hominem, é uma forma de desonestidade intelectual, ou de simplismo. E, como diz Olavo de Carvalho, não há nada mais simples do que o erro.
Orlando Braga
13 de junho de 2012
http://espectivas.wordpress.com/
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