"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 13 de junho de 2012

SENHAS BABÉLICAS


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Senhas óbvias ainda são comuns (Reprodução)

Em qual língua é mais fácil descobrir as senhas de alguém?

Apesar das advertências, muitas pessoas escolhem senhas bastante previsíveis para protegê-las na internet. “12345”, “senha”; e que tais são fáceis de lembrar, mas também fáceis para um hacker descobrir, especialmene com programas que automatizam o processo de busca usando listas (dicionários) de escolhas frequentes.

O cientista da computação da Universidade de Cambridge Joseph Bonneau publicou recentemente uma análise das senhas escolhidas por quase 70 milhões de usuários do Yahoo! (que permaneceram anônimos para o experimento). Um resultado interessante é mostrado abaixo.

O gráfico mostra qual porcentagem das contas podem ser violadas após mil tentativas com o uso de um dicionário de senhas frequentes. Línguistas amadores podem se divertir especulando porque os chineses se saem tão bem e os indonésios tão mal.

Mas uma conclusão interessante é a irrelevância do uso de tais dicionários de línguas específicas. É possível violar aproximadamente 4% das contas chinesas com o uso de um dicionário chinês; com o uso de um dicionário genérico que contém os termos mais comuns de diversas línguas, esse número cai apenas um pouco, para 2,9%.
Os falantes de todas as línguas, indica a pesquisa, tem preferências razoavelmente similares.

13 de junho de 2012

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