Congressistas americanos afirmaram que as investigações envolvendo o grupo de varejo Walmart no México levaram a empresa a rever suas políticas anticorrupção no Brasil, China, Índia e África do Sul.
Advogados da empresa apontam essas regiões como as de maior risco de corrupção em uma análise global feita pela companhia, segundo informaram os parlamentares.
O jornal "New York Times" mostrou em reportagem publicada no final de abril que a alta diretoria da rede encobriu denúncias de suborno em operações no México. A unidade mexicana do Walmart teria pago milhões de dólares em propinas para acelerar licenças de construção e ganhar outros favores.
A companhia reconheceu que está investigando alegações de suborno envolvendo operações no México e que iniciou há três meses a revisão de suas políticas anticorrupção em escala mundial, mas não forneceu detalhes sobre o plano.
Os parlamentares Elijah Cummings e Henry Waxman, ambos do partido democrata, pediram à companhia para fornecer documentos sobre essa revisão e sobre as recomendações que a rede tem feito em outras áreas.
Os dois congressistas também escreveram a Michael Duke, presidente-executivo do Walmart, para pedir que autorize testemunhas a cooperar com uma investigação do Congresso sobre as denúncias de suborno.
"Estamos cooperando com as investigações federais e auxiliando os membros do Congresso e suas equipes" disse por comunicado oficial o porta-voz do Wal-Mart, David Tovar.
DENÚNCIAS DE SUBORNO
Segundo a reportagem do "New York Times", em 2005 um alto advogado do Wal-Mart foi informado, por um executivo aposentado da subsidiária da rede no México, sobre esquema de pagamento de subornos em troca de vantagens, como a rápida liberação para abertura de lojas e alvarás de construção. O ex-funcionário teria fornecido nomes, datas e valores de propinas. Diante da denúncia, o Wal-Mart mandou investigadores ao México.
Eles encontraram centenas de pagamentos suspeitos, que somavam mais de US$ 24 milhões, e documentos que mostravam que os executivos do Wal-Mart no México não só sabiam dos pagamentos como ocultavam o caso dos chefes na sede nos EUA.
Em um relatório confidencial, o líder da investigação no México informou que havia suspeitas de violação das leis dos EUA e do México. E recomendou que o Wal-Mart expandisse a investigação, mas o "New York Times" descobriu que os líderes do Wal-Mart decidiram suspender a apuração.
Os departamentos de Justiça do México e dos EUA não foram notificados e nenhum líder da subsidiária mexicana do Wal-Mart foi advertido, segundo o jornal.
Na ocasião, o Wal-Mart informou que está investigando o caso. "Se as denúncias forem verdadeiras, elas não refletem quem somos. Estamos muito preocupados e trabalhando para descobrir o que aconteceu."
UOL com Agências de notícias
23 de junho de 2012
Advogados da empresa apontam essas regiões como as de maior risco de corrupção em uma análise global feita pela companhia, segundo informaram os parlamentares.
O jornal "New York Times" mostrou em reportagem publicada no final de abril que a alta diretoria da rede encobriu denúncias de suborno em operações no México. A unidade mexicana do Walmart teria pago milhões de dólares em propinas para acelerar licenças de construção e ganhar outros favores.
A companhia reconheceu que está investigando alegações de suborno envolvendo operações no México e que iniciou há três meses a revisão de suas políticas anticorrupção em escala mundial, mas não forneceu detalhes sobre o plano.
Os parlamentares Elijah Cummings e Henry Waxman, ambos do partido democrata, pediram à companhia para fornecer documentos sobre essa revisão e sobre as recomendações que a rede tem feito em outras áreas.
Os dois congressistas também escreveram a Michael Duke, presidente-executivo do Walmart, para pedir que autorize testemunhas a cooperar com uma investigação do Congresso sobre as denúncias de suborno.
"Estamos cooperando com as investigações federais e auxiliando os membros do Congresso e suas equipes" disse por comunicado oficial o porta-voz do Wal-Mart, David Tovar.
DENÚNCIAS DE SUBORNO
Segundo a reportagem do "New York Times", em 2005 um alto advogado do Wal-Mart foi informado, por um executivo aposentado da subsidiária da rede no México, sobre esquema de pagamento de subornos em troca de vantagens, como a rápida liberação para abertura de lojas e alvarás de construção. O ex-funcionário teria fornecido nomes, datas e valores de propinas. Diante da denúncia, o Wal-Mart mandou investigadores ao México.
Eles encontraram centenas de pagamentos suspeitos, que somavam mais de US$ 24 milhões, e documentos que mostravam que os executivos do Wal-Mart no México não só sabiam dos pagamentos como ocultavam o caso dos chefes na sede nos EUA.
Em um relatório confidencial, o líder da investigação no México informou que havia suspeitas de violação das leis dos EUA e do México. E recomendou que o Wal-Mart expandisse a investigação, mas o "New York Times" descobriu que os líderes do Wal-Mart decidiram suspender a apuração.
Os departamentos de Justiça do México e dos EUA não foram notificados e nenhum líder da subsidiária mexicana do Wal-Mart foi advertido, segundo o jornal.
Na ocasião, o Wal-Mart informou que está investigando o caso. "Se as denúncias forem verdadeiras, elas não refletem quem somos. Estamos muito preocupados e trabalhando para descobrir o que aconteceu."
UOL com Agências de notícias
23 de junho de 2012
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