Revista Época revela as ligações perígosas entre Perillo, Cachoeira e Cavendish. Só falta o Sergio cabral.
Relatório da Polícia Federal obtido pela revista “Época” revela evidências de que o governador de Goiás, Marconi Perillo, se envolveu com o esquema da Delta (empreiteiro Fenando Cavendish) e do bicheiro Carlinhos Cachoeira.
De acordo com a revista, o Núcleo de Inteligência da PF enviou o relatório sigiloso à Procuradoria-Geral da República, já que governadores só podem ser investigados pelo procurador-geral da República.
Segundo o relatório, são contundentes os indícios de que a Delta deu dinheiro a Perillo. Foi explicado, por exemplo, o nebuloso caso da venda da casa de Perillo a Cachoeira.
A partir de diálogos interceptados, a PF concluiu que, logo após assumir o governo de Goiás, em 2011, Perillo e a Delta firmaram um compromisso, intermediado por Cachoeira: para que a Delta recebesse em dia o que era devido pelo governo goiano, a construtora teria de pagar Perillo.
Segundo a reportagem, o primeiro acordo envolveu a casa onde Perillo morava. O governador queria vender o imóvel e receber uma “diferença” de R$ 500 mil. Cachoeira e a Delta toparam e pagariam com cheques de laranjas em três parcelas. Perillo nega até hoje que tenha vendido a casa para o bicheiro.
Os cheques de Cachoeira foram recebidos por Perillo, e o dinheiro para os pagamentos, feitos entre março e maio de 2011, saía da Delta, era lavado por empresas fantasmas do bicheiro e depois era repassado ao governador. Depois do processo, de acordo com a reportagem, o governo de Goiás fazia o pagamento do que era devido à empreiteira. A “diferença” de R$ 500 mil relativa ao imóvel foi entregue pela Delta a um assessor de Perillo. Tudo com a chancela da direção nacional da Delta, que autorizou os pagamentos.
Segundo a revista, as transações do esquema tiveram a participação de Wladmir Garcez, amigo do governador e ex-presidente da Câmara de Vereadores de Goiânia. Ele fazia pedidos, cobrava valores e dava recados para a Delta e pessoas ligadas a Cachoeira. Outro personagem presente nas negociações era Cláudio Abreu, então diretor da Delta no Centro-Oeste, que era responsável por obter contratos públicos para a empreiteira.
As investigações da PF começaram no dia 27 de fevereiro de 2011, quando Perillo cobrava o pagamento do “compromisso” da Delta. Em um dos diálogos gravados pela PF, Cachoeira pede pressa a Abreu: “E aquele trem (dinheiro) do Marconi (governador), hein? Marconi já falou com o Wladmir (Garcez), viu”. Abreu tenta negociar, de acordo com o material de investigação obtido pela “Época”. Cachoeira continua: “Mas não é (sic) 2 milhões e meio, não.
Ele (Marconi) quer só a diferença”, referência de Cachoeira à operação da venda da casa. Abreu responde: “Do mesmo jeito que o estado tá com orçamento fechado, eu também tô”. Nesse episódio, Perillo queria o dinheiro antes de liberar a fatura e Abreu queria a fatura paga antes de enviar o dinheiro a Perillo.
O governador preferiu não prestar esclarecimentos à revista. Em nota à “Época”, disse que já prestou todos os esclarecimentos solicitados pela imprensa, pela sociedade e pela CPI.
14 de julho de 2012
Segundo o relatório, são contundentes os indícios de que a Delta deu dinheiro a Perillo. Foi explicado, por exemplo, o nebuloso caso da venda da casa de Perillo a Cachoeira.
A partir de diálogos interceptados, a PF concluiu que, logo após assumir o governo de Goiás, em 2011, Perillo e a Delta firmaram um compromisso, intermediado por Cachoeira: para que a Delta recebesse em dia o que era devido pelo governo goiano, a construtora teria de pagar Perillo.
Segundo a reportagem, o primeiro acordo envolveu a casa onde Perillo morava. O governador queria vender o imóvel e receber uma “diferença” de R$ 500 mil. Cachoeira e a Delta toparam e pagariam com cheques de laranjas em três parcelas. Perillo nega até hoje que tenha vendido a casa para o bicheiro.
Os cheques de Cachoeira foram recebidos por Perillo, e o dinheiro para os pagamentos, feitos entre março e maio de 2011, saía da Delta, era lavado por empresas fantasmas do bicheiro e depois era repassado ao governador. Depois do processo, de acordo com a reportagem, o governo de Goiás fazia o pagamento do que era devido à empreiteira. A “diferença” de R$ 500 mil relativa ao imóvel foi entregue pela Delta a um assessor de Perillo. Tudo com a chancela da direção nacional da Delta, que autorizou os pagamentos.
Segundo a revista, as transações do esquema tiveram a participação de Wladmir Garcez, amigo do governador e ex-presidente da Câmara de Vereadores de Goiânia. Ele fazia pedidos, cobrava valores e dava recados para a Delta e pessoas ligadas a Cachoeira. Outro personagem presente nas negociações era Cláudio Abreu, então diretor da Delta no Centro-Oeste, que era responsável por obter contratos públicos para a empreiteira.
As investigações da PF começaram no dia 27 de fevereiro de 2011, quando Perillo cobrava o pagamento do “compromisso” da Delta. Em um dos diálogos gravados pela PF, Cachoeira pede pressa a Abreu: “E aquele trem (dinheiro) do Marconi (governador), hein? Marconi já falou com o Wladmir (Garcez), viu”. Abreu tenta negociar, de acordo com o material de investigação obtido pela “Época”. Cachoeira continua: “Mas não é (sic) 2 milhões e meio, não.
Ele (Marconi) quer só a diferença”, referência de Cachoeira à operação da venda da casa. Abreu responde: “Do mesmo jeito que o estado tá com orçamento fechado, eu também tô”. Nesse episódio, Perillo queria o dinheiro antes de liberar a fatura e Abreu queria a fatura paga antes de enviar o dinheiro a Perillo.
O governador preferiu não prestar esclarecimentos à revista. Em nota à “Época”, disse que já prestou todos os esclarecimentos solicitados pela imprensa, pela sociedade e pela CPI.
14 de julho de 2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário