"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 14 de julho de 2012

PARA CUIDAR DAS CRIANÇAS, A NADA E COISA NENHUMA ABANDONA A ECONOMIA E DEIXA O PIB NA ORFANDADE


Injuriada com o atrevimento do Produto Interno Bruto de maio, que ignorou os avisos do governo e caiu 0,02% em relação a abril, Dilma Rousseff resolveu mostrar quem manda: desde ontem, pelo menos na cabeça da presidente da República, o PIB vale menos que a soma dos programas federais destinados a quem tem menos de 18 anos.
“Uma grande nação deve ser medida por aquilo que faz para suas crianças e seus adolescentes, não é o Produto Interno Bruto”, desandou o neurônio solitário no ataque simultâneo à lógica e à gramática.
Alguém precisa avisar à presidente que, como

registra o comentário de 1 minuto para ste de VEJA, não se pode separar o inseparável. Governos que descuidam de um PIB com sintomas de anemia não terão dinheiro para cuidar de ninguém.

Se esquecer a economia em perigo e deixar o PIB no orfanato para cuidar das crianças, Dilma terá feito a opção pela insensatez. Com o agravamento da crise, muitos pais das crianças de Dilma perderão o emprego que os filhos não vão encontrar.
Desde 2003, os alquimistas do Brasil Maravilha têm induzido multidões abúlicas a enxergar tudo onde não existe nada.
Agora, os doutores em tapeação querem fazer de conta que a abertura de uma creche compensa o fechamento de qualquer fábrica.
Só conseguirão apressar a implosão do monumento ao embuste erguido ao longo dos últimos nove anos.

Transcrito do original de
Augusto Nunes
14 de julho de 2012

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