Eu quero dizer pra vocês que José Dirceu, o chefe de quadrilha (segundo a PGR), não é, como se diz lá em Dois Córregos, pouca porcaria, não, viu?
Ainda bem que este socialista revolucionário de linha cubana do Molipo (Movimento de Libertação Popular) se tornou especialista em capitalismo e virou um “consultor de empresas privadas” de ascensão meteórica e sucesso estratosférico.
Certamente conseguiu juntar à fama que já tinha também a fortuna. Afinal, um “parecer” de José Dirceu é um parecer, né?
Pois bem. O Zé mandou imprimir um opúsculo de 16 páginas (imagem acima), em papel cuchê, caro pra chuchu, com uma versão reduzida de sua defesa. É, assim, uma espécie de “Catecismo Dirceuzista para os Simples”. Quem não sabe direito do que se está falando ali pode até se impressionar. Se algum ministro do STF se deixar tocar, estejam certos que não é por causa do que vai ali.
Num dado momento, como evidência da inocência do agora consultor, lê-se o seguinte:
“A ação foi aceita [pelo Supremo Tribunal Federal], mas com a ressalva de que caberia ao Ministério Público provar as graves acusações”.
“A ação foi aceita [pelo Supremo Tribunal Federal], mas com a ressalva de que caberia ao Ministério Público provar as graves acusações”.
Huuummm…
É uma tentativa de enganar o desavisado. Quando o STF aceita ou recusa uma denúncia, ele o faz analisando apenas os chamados indícios de crimes. Se fosse um juízo sobre as “provas”, a sessão de acolhimento ou recusa já seria um julgamento.
Isso é retórica malandra. O trecho sugere, pois, que a denúncia foi aceita sem provas quando não se cuidou disso, numa fase em que se analisava apenas se havia ou não indícios. Não houvesse, tudo teria morrido na saída, e o inquérito nem teria sido instaurado.
Nada como tentar usar a ignorância alheia como aliada.
27 de julho de 2012
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