O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, solicitou ao Supremo
Tribunal Federal (STF) que o inquérito aberto contra o ex-senador goiano
Demóstenes Torres seja remetido para o Tribunal Regional Federal da 1ª Região
(TRF-1). Mas o rumo do processo será conhecido apenas em agosto, quando o STF
volta a funcionar depois do recesso. Cabe ao relator do caso, ministro Ricardo
Lewandowski, determinar a saída do inquérito da esfera do Supremo.
Demóstenes teve seu mandato de senador cassado há 15 dias, após ser
apontado como principal operador político do bicheiro Carlinhos Cachoeira, preso
em fevereiro pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo. Como
parlamentar, ele tinha direito a foro privilegiado no STF, mas agora Demóstenes
está sem mandato e já reassumiu o cargo de procurador de Justiça no Ministério
Público de Goiás (MP-GO), do qual estava licenciado há 13 anos.
Em 27 de março deste ano, Gurgel pediu a abertura de três
investigações sobre o envolvimento de parlamentares com Cachoeira. Um deles foi
para apurar as ações de Demóstenes, contra quem o procurador-geral considerou
haver mais indícios de crime do que contra outros dois parlamentares envolvidos
com o contraventor: os deputados Carlos Leréia (PSDB-GO) e Sandes Júnior
(PP-GO).
Gurgel abriu ainda outros dois inquéritos contra os governadores
Marconi Perillo, de Goiás, e Agnelo Queiroz, do Distrito Federal.
O Globo (RJ)
Da Redação
27 de julho de 2012
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