"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 27 de julho de 2012

PGR PEDE TRANSFERÊNCIA DA AÇÃO PENAL

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o inquérito aberto contra o ex-senador goiano Demóstenes Torres seja remetido para o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). Mas o rumo do processo será conhecido apenas em agosto, quando o STF volta a funcionar depois do recesso. Cabe ao relator do caso, ministro Ricardo Lewandowski, determinar a saída do inquérito da esfera do Supremo.
Demóstenes teve seu mandato de senador cassado há 15 dias, após ser apontado como principal operador político do bicheiro Carlinhos Cachoeira, preso em fevereiro pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo. Como parlamentar, ele tinha direito a foro privilegiado no STF, mas agora Demóstenes está sem mandato e já reassumiu o cargo de procurador de Justiça no Ministério Público de Goiás (MP-GO), do qual estava licenciado há 13 anos.
Em 27 de março deste ano, Gurgel pediu a abertura de três investigações sobre o envolvimento de parlamentares com Cachoeira. Um deles foi para apurar as ações de Demóstenes, contra quem o procurador-geral considerou haver mais indícios de crime do que contra outros dois parlamentares envolvidos com o contraventor: os deputados Carlos Leréia (PSDB-GO) e Sandes Júnior (PP-GO).
Gurgel abriu ainda outros dois inquéritos contra os governadores Marconi Perillo, de Goiás, e Agnelo Queiroz, do Distrito Federal.

O Globo (RJ)
Da Redação
27 de julho de 2012

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