Assim como ocorre a algumas belas mulheres, muitas cidades flertam continuamente com “candidatos” de caráter duvidoso e que não a tratam com respeito ou importância. O Rio de Janeiro é uma dessas cidades com predileção para candidatos…digamos…indignos de sua beleza e importância.
Aventureiros, incompetentes, corruptos e políticos que pensam na cidade apenas como um trampolim para suas ambições inconfessáveis têm sido a tônica nas eleições para o executivo carioca.
Eleição após eleição, os cariocas se deparam com a difícil escolha do “menos pior”. Infelizmente, nunca antes na história “dessacidade” essa máxima foi tão real quanto nesta próxima eleição.
As coligações apresentadas ofereceram os piores candidatos possíveis e a chapa do PMDB – representada pelo atual prefeito Eduardo Paes – assume o papel de hegemonia total, legitimando um dos governos mais relapsos e ineficientes já vistos pelos cariocas.
A cidade nunca antes esteve tão dividida entre “áreas de interesse” (zona sul, Barra e áreas turísticas) e “o resto”.
Enquanto as primeiras recebem quase todo investimento e recursos da prefeitura, “o resto” vegeta abandonado à própria sorte. Além disso, a cidade foi entregue “de bandeja” para a especulação imobiliária e a uma política quase criminosa de abandono da saúde e da educação.
Como coligação hegemônica no horário televisivo, a chapa do PMDB encherá a cabeça dos cariocas menos atentos à política com suas “realizações” mirabolantes e fantasiosas enquanto garante uma realidade de abandono e de morte lenta para os bairros mais suburbanos e para o povo mais carente.
A segunda chapa mais “badalada” é a DEM/PR, composta pelos herdeiros da fina flor da incompetência e das denúncias de corrupção. Encabeçada pelo filho de César Maia, Rodrigo Maia, carrega o estigma e os traumas deixados na cidade (e em seu povo) por um dos prefeitos com a administração mais desastrosa que já tivemos.
Além disso, fechando com “chave de ouro” a chapa, há a deputada Clarissa Garotinho (PR). Sobre sua “herança política”, basta dizer que seu pai e sua mãe são praticamente “figuras carimbadas” nos tribunais do estado e da União e estão envolvidos em inúmeras denúncias de delitos políticos e criminais.
O Casal Garotinho é acusado, dentre outras coisas, de ter usado seus anos a frente do Governo do Estado do Rio para montar uma verdadeira quadrilha mafiosa que loteava delegacias e oferecia serviços ao crime organizado.
Sobre Garotinho paira a alcunha de “Teflon”, pois é sempre levado às barras dos tribunais, mas graças a lentidão da justiça, aos recursos infindáveis ou a advogados pagos a peso de ouro, quase nenhuma acusação contra ele consegue ser revertida efetivamente em pena ao não atingir o “trânsito em julgado”.
Dentre as demais coligações, a única digna de nota é a encabeçada pelo PSOL de Marcelo Freixo. Um político que se apresentaria como excelente opção se não fosse de um partido tão radical e criticado até por seus próprios integrantes por preferir optar pelo não desenvolvimento a buscar recursos no exterior (segundo o partido, isso é “ceder ao capitalismo”).
Seu principal expoente, o senador Randolfe Rodrigues diz que o PSOL está infestado de fascistas (leia aqui). Saberá Freixo controlá-los?
Por essas e outras, escolher o prefeito e os vereadores da Cidade Maravilhosa vem se convertendo na mais triste sina do povo carioca.
16 de julho de 2012
Arthurius Maximus
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