A Organização das Nações Unidas, ente
máximo do sistema globalitário, lança nesta segunda-feira uma campanha mundial
para combater o crime organizado transnacional. A proposta é boa, mas a intenção
prática só pode ser uma piada. Afinal, é o modelo globalitário, controlado pela
Oligarquia Financeira Transnacional, quem patrocina e tira proveito operacional
dos grandes esquemas criminosos que minam as soberanias e infestam as economias
nacionais, principalmente nos países subdesenvolvidos mantidos como neocolônias
de exploração (caso do Brazil).
A própria ONU admite que, embora seja
uma atividade global, os efeitos do crime organizado transnacional são sentidos
localmente. Estudos do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC)
admitem que os grupos criminosos desestabilizam comunidades regionais e
nacionais, prejudicando a assistência ao desenvolvimento nessas áreas e
estimulando o crescimento do mercado doméstico de corrupção, extorsão e
violência. Só faltou a ONU revelar, com todas as letras, a quem interessa,
realmente, o sistema criminoso transnacional.
O diretor-executivo do UNODC, Yury
Fedotov, calcula que o volume de negócios anualmente movimentado pelo crime
organizado transnacional atinja absurdos US$ 870 bilhões (R$ 1,74 trilhões na
cotação média). A ONU calcula que as
atividades ilícitas mais lucrativas são o tráfico de drogas (US$ 320 bilhões) e
as falsificações (US$ 250 bilhões). O tráfico de pessoas também atinge uma soma
considerável, US$ 32 bilhões. O valor anual movido pelas ações criminosas no
planeta corresponde a seis vezes o valor oficial de ajuda ao desenvolvimento ou
7% por cento das exportações mundiais de mercadorias.
Faltou a ONU explicar que o Crime
Organizado Transnacional conta com as parecerias locais dos Governos do Crime
Organizado. Tal sistema atua em quatro frentes simultaneamente.
A primeira é a
Força Motriz (que é a base política de quem dita a ideologia do Estado).
A
segunda é a Força de Sustentação (que forma as associações entre os agentes do
Estado, nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, junto com os demais
promotores da corrupção e usurpação estatal e seus aparelhos repressivos).
A
Terceira é a Força de Influência (que colocam em prática as ideologias e
funcionam como agentes conscientes ou inconscientes do sistema que serve ao
crime: mídia, ONGs, academia, sindicatos, seitas e movimentos sociais.
A quarta
é a Força Operacional (onde operam as máfias de todos os tipos e suas milícias
ou guerrilhas urbana e rural, todas com alguma ligação com a máquina
estatal).
As quatro forças juntas formam uma
Organização Político-Administrativa que obedece, no topo da cadeia, à Oligarquia
Financeira Transnacional – que controla todos os negócios globais lícitos e se
beneficia diretamente dos esquemas ilícitos que mantém as nações sob controle.
Tal esquema, que patrocina a globalização, conta com a sustentação de de clubes
de poder, cartéis informais e seus centros de inteligência, onde são formuladas
todas as políticas, estratégias e ideologias que atuam a serviço do
globalitarismo e do próprio crime organizado transnacional.
A própria ONU é um
dos centros deste poder. Logo, quando as Nações Unidas lança uma campanha para
combater o crime, a notícia – em vez de festejada – merece ser vista como mais
uma piada do teatro do faz-de-conta global.
Jorge
Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
16 de julho de 2012
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