"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 20 de julho de 2012

ISENÇÃO DO EX-DIRETOR DO BB PELO TCU É "ESTRANHA", DIZ PEDRO SIMON

Senador relaciona decisão do tribunal ao início do julgamento do mensalão

A decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), de isentar o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil (BB) Henrique Pizzolato de responsabilidade no desvio de dinheiro para uma das agências de Marcos Valério, é considerada “estranha” pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS). Nesta sexta-feira, o senador relacionou a decisão do TCU ao começo do julgamento do escândalo pelo Supremo Tribunal Federal (STF), marcado para 2 de agosto.




- Esta decisão do TCU, anunciada quando faltam poucos dias para o julgamento do mensalão, causa surpresa. Ainda mais porque contraria o parecer da auditoria técnica e de fiscalização do próprio tribunal - afirmou o senador.

A decisão, que teve como base voto da ministra Ana Arraes, contraria parecer da área técnica e do Ministério Público do TCU. Pelo parecer do procurador Paulo Bugarin, Pizzolato e outros dois ex-colegas de diretoria — Cláudio de Castro Vasconcelos e Renato Luiz Belineti — deveriam ser multados e obrigados a devolver R$ 5 milhões aos cofres do Banco do Brasil. No caso de Pizzolato e Cláudio, a multa é de R$ 3,7 milhões.

A ministra teve um entendimento oposto e usou uma lei aprovada em 2010 para rejeitar as acusações sobre o suposto envolvimento de Pizzolato em irregularidades ocorridas entre 2003 e 2005. Os repasses da publicidade do Banco do Brasil para a DNA são uma das bases da acusação contra Pizzolato.

Os ex-dirigentes do Banco do Brasil foram acusados de omissão em desvios sistemáticos de dinheiro da publicidade do banco para a DNA. Pela análise dos técnicos do TCU, a agência de Marcos Valério se apropriou de mais de R$ 4,4 milhões na venda de anúncios do Banco do Brasil.

A agência recebia descontos das empresas de comunicação devido ao grande volume da propaganda, mas não devolvia o dinheiro ao banco. A devolução do dinheiro do chamado “bônus de volume” estava prevista em contrato do BB com a agência.

Globo
20 de julho de 2012
aleluia

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