Cresce a importância simbólica do genocídio para bósnios muçulmanos
Em 9 de julho, quase 17 anos após o massacre de cerca de 8.000 homens e garotos bosniaks (bósnios muçulmanos) por forças sérvias em Srebrenica, a primeira testemunha apresentou evidências no julgamento de Ratko Mladic, que era então o comandante militar bósnio.
Dois dias depois, 520 vítimas foram enterradas. Demorou todo esse tempo para identificar os seus restos. Até agora, apenas 5.137 bosniaks foram enterrados.
Há dez anos, poucos bosniaks ousariam ir até Srebrenica, que agora se encontra na metade sérvia da Bósnia, para comemorar o que o tribunal de crimes de guerra da ONU em Haia considerou um ato de genocídio. Hoje em dia a situação não poderia ser mais diferente.
Em 2011, cerca de 40.000 pessoas de toda a Bósnia e da diáspora bosniak foram a Srebrenica. Mais de 7.000 pessoas participaram da caminhada anual de três dias à cidade para relembrar a rota usada pelos homens que fugiram do enclave protegido pela ONU quando de sua queda para Mladic em 11 de julho de 2005. Centenas chegaram de bicicleta ou moto para a comemoração.
Do mesmo modo que Auschwitz se tornou um símbolo para o Holocausto, Srebrenica se tornou um símbolo dos sofrimentos dos tempos de guerra para os bosniaks.
Emir Suljacic, membro de uma geração de jovens políticos bósnios e sobrevivente de Srebrenica, colocou a cidade de volta no mapa político do país. Ele está liderando uma campanha para fazer com que bosniaks que moravam em Srebrenica mas se mudaram para outros lugares da Bósnia registrem a sua residência em Srebrenica.
Ainda que não tenham que morar lá, isso ajudaria os bosniaks a manter o controle nas eleições locais de outubro. Se todos aqueles bosniaks que costumavam moram no que agora é a metade sérvia do país fizessem isso, uma mudança importante na paisagem política seria efetuada – mas por ora isso continua sendo um grande “se”.
20 de julho de 2012
Há dez anos, poucos bosniaks ousariam ir até Srebrenica, que agora se encontra na metade sérvia da Bósnia, para comemorar o que o tribunal de crimes de guerra da ONU em Haia considerou um ato de genocídio. Hoje em dia a situação não poderia ser mais diferente.
Em 2011, cerca de 40.000 pessoas de toda a Bósnia e da diáspora bosniak foram a Srebrenica. Mais de 7.000 pessoas participaram da caminhada anual de três dias à cidade para relembrar a rota usada pelos homens que fugiram do enclave protegido pela ONU quando de sua queda para Mladic em 11 de julho de 2005. Centenas chegaram de bicicleta ou moto para a comemoração.
Do mesmo modo que Auschwitz se tornou um símbolo para o Holocausto, Srebrenica se tornou um símbolo dos sofrimentos dos tempos de guerra para os bosniaks.
Emir Suljacic, membro de uma geração de jovens políticos bósnios e sobrevivente de Srebrenica, colocou a cidade de volta no mapa político do país. Ele está liderando uma campanha para fazer com que bosniaks que moravam em Srebrenica mas se mudaram para outros lugares da Bósnia registrem a sua residência em Srebrenica.
Ainda que não tenham que morar lá, isso ajudaria os bosniaks a manter o controle nas eleições locais de outubro. Se todos aqueles bosniaks que costumavam moram no que agora é a metade sérvia do país fizessem isso, uma mudança importante na paisagem política seria efetuada – mas por ora isso continua sendo um grande “se”.
20 de julho de 2012
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