Ex-deputado é um dos réus do mensalão, que será julgado pelo STF em agosto
O presidente do PTB e ex-deputado Roberto Jefferson, de 59 anos, irá se submeter a uma cirurgia para a retirada de um câncer no pâncreas. O diagnóstico, confirmado pela assessoria do partido nesta sexta-feira, foi feito em fase inicial da doença. A operação será realizada no próximo dia 28 de julho, no Hospital Samaritano, na Zona Sul do Rio.
O tumor foi descoberto na última segunda-feira, após Jefferson receber o resultado de uma ressonância feita na sexta-feira passada. O ex-deputado foi informado pelos médicos que o câncer é maligno e tem 10 centímetros. Segundo a assessoria dele, ainda não se sabe se ele passará por sessões de quimioterapia. Até a cirurgia, Jefferson ficará no Rio de Janeiro, onde fará exames pré-operatório diariamente até o próximo dia 27. Jefferson deverá ficar internado na UTI após a operação por pelo menos cinco dias, até o dia 2 de agosto - mesma data do primeiro dia do julgamento do mensalão. Jefferson está entre os 38 réus que serão julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com a assessoria do Hospital Samaritano, o médico particular de Roberto Jefferson, José Ribamar Saboya, não informou onde o ex-deputado está realizando os exames pré-operatório.
O ex-deputado é diabético e resolveu fazer o exame porque, mesmo fazendo dieta, a taxa de açúcar no seu sangue não baixava. A mãe do ex-deputado, Neuza, também teve a mesma doença. O hospital Samaritano, até o momento, não divulgou um boletim médico oficial do estado de saúde dele.
No início desta semana, o ex-deputado e delator do escândalo foi eleito por unanimidade para presidir o PTB. Durante o discurso na reunião do Diretório Nacional do PTB, Jefferson afirmou que está “preparado e tranquilo” para o julgamento no STF e que já conta com a absolvição dele próprio e da maioria dos mensaleiros.
Sobre o julgamento, ele afirmou não ver “nenhuma chance” de que seja condenado. Muitos petistas serão absolvidos. O julgamento será técnico e não político. Seria um absurdo jurídico enorme! O Supremo não vai fazer isso - prevê Jefferson.
Cassio Bruno - O Globo
20 de julho de 2012
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