Hulk merece ser titular da seleção principal, mas penso que a prioridade do
time olímpico deveria ser mais um zagueiro ou um lateral-direito com mais de 23
anos. Além disso, Hulk ocupa a posição de Lucas. Seria uma ótima chance para o
jogador do São Paulo evoluir e ganhar confiança. Tenho muitas esperanças nele.
Além disso, Hulk não é nenhuma maravilha.
Nos dois últimos jogos do São Paulo sob o comando de Milton Cruz, Lucas atuou mais livre, mais pelo centro e mais próximo do centroavante, como um segundo atacante, ponta de lança. Esse é seu lugar, para aproveitar sua velocidade, sua habilidade e sua ótima finalização. Com Leão, ele atuava fixo pela direita, marcando e atacando, longe do gol.
Muitos treinadores, de todo o mundo, em vez de aproveitarem as virtudes dos atletas, tentam adaptá-los ao esquema da moda, com dois volantes, uma linha de três meias e um centroavante.
Mano Menezes deve fazer o mesmo com Neymar, mais livre e mais pelo centro, como jogou contra a Argentina. Oscar e Hulk devem atuar pelos lados, sem posições fixas. Ganso e Lucas devem ser reservas, pelo menos inicialmente.
Gosto do trabalho de Mano Menezes. Ele tenta mudar a maneira de jogar da seleção, com mais troca de passes e marcação mais à frente, sem tantos chutões, lançamentos longos para jogadores marcados e muitas jogadas aéreas, características dos times do Brasil.
O futebol brasileiro precisa de uma reformulação de conceitos, desde as categorias de base. Ney Franco era o coordenador ideal para fazer isso. Ele já tinha começado esse trabalho ao conversar com os treinadores de base dos clubes. Bastou uma boa proposta para tudo acabar. Bom para o São Paulo e ruim para nosso futebol. O presidente da CBF, amigo do tricolor paulista, apoiou sua saída.
Não estou surpreso. Os outros técnicos fariam o mesmo. Ney Franco não fez nada errado, nem vou deixar de valorizar seu trabalho. Mas estou decepcionado.
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COPA DO BRASIL
Depois dos 2 a 0, o título ficou mais perto do Palmeiras. Nada está decidido. O Coritiba, coletivamente, joga bem em todos os lugares. Em casa, faz também muitos gols.
Não tenho nada contra gols de bola parada, especialidade do Palmeiras. Todas as equipes deveriam aprimorar esses lances, até o Barcelona, sem mudar seu estilo. Uma coisa não é incompatível com a outra. Mas, quando essa passa a ser a principal jogada, obsessão dos treinadores, o futebol fica feio e medíocre, mesmo quando o time vence.
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ORGANIZAÇÃO
O estreante Victor fez duas ótimas defesas contra a Portuguesa. O Galo continua cantando alto. Isso não significa que está tudo uma maravilha. Contra a Lusa e em outras partidas, os adversários estavam melhores, e o Galo fez o primeiro gol. A partir daí, no contra-ataque, decidiu os jogos. Tudo tem dado certo.
O Atlético está com um ótimo sistema defensivo porque, quando perde a bola, defende com oito jogadores: quatro defensores, os dois volantes e mais Danilinho e Bernard. Os dois marcam ao lado dos volantes e ainda chegam à frente. Quando a equipe recupera a bola, ataca com, no mínimo, cinco jogadores, Danilinho, Bernard, Jô, Ronaldinho e mais um lateral ou um volante. É uma correria organizada.
Tostão (O Tempo, de BH)
11 de julho de 2012
Nos dois últimos jogos do São Paulo sob o comando de Milton Cruz, Lucas atuou mais livre, mais pelo centro e mais próximo do centroavante, como um segundo atacante, ponta de lança. Esse é seu lugar, para aproveitar sua velocidade, sua habilidade e sua ótima finalização. Com Leão, ele atuava fixo pela direita, marcando e atacando, longe do gol.
Muitos treinadores, de todo o mundo, em vez de aproveitarem as virtudes dos atletas, tentam adaptá-los ao esquema da moda, com dois volantes, uma linha de três meias e um centroavante.
Mano Menezes deve fazer o mesmo com Neymar, mais livre e mais pelo centro, como jogou contra a Argentina. Oscar e Hulk devem atuar pelos lados, sem posições fixas. Ganso e Lucas devem ser reservas, pelo menos inicialmente.
Gosto do trabalho de Mano Menezes. Ele tenta mudar a maneira de jogar da seleção, com mais troca de passes e marcação mais à frente, sem tantos chutões, lançamentos longos para jogadores marcados e muitas jogadas aéreas, características dos times do Brasil.
O futebol brasileiro precisa de uma reformulação de conceitos, desde as categorias de base. Ney Franco era o coordenador ideal para fazer isso. Ele já tinha começado esse trabalho ao conversar com os treinadores de base dos clubes. Bastou uma boa proposta para tudo acabar. Bom para o São Paulo e ruim para nosso futebol. O presidente da CBF, amigo do tricolor paulista, apoiou sua saída.
Não estou surpreso. Os outros técnicos fariam o mesmo. Ney Franco não fez nada errado, nem vou deixar de valorizar seu trabalho. Mas estou decepcionado.
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COPA DO BRASIL
Depois dos 2 a 0, o título ficou mais perto do Palmeiras. Nada está decidido. O Coritiba, coletivamente, joga bem em todos os lugares. Em casa, faz também muitos gols.
Não tenho nada contra gols de bola parada, especialidade do Palmeiras. Todas as equipes deveriam aprimorar esses lances, até o Barcelona, sem mudar seu estilo. Uma coisa não é incompatível com a outra. Mas, quando essa passa a ser a principal jogada, obsessão dos treinadores, o futebol fica feio e medíocre, mesmo quando o time vence.
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ORGANIZAÇÃO
O estreante Victor fez duas ótimas defesas contra a Portuguesa. O Galo continua cantando alto. Isso não significa que está tudo uma maravilha. Contra a Lusa e em outras partidas, os adversários estavam melhores, e o Galo fez o primeiro gol. A partir daí, no contra-ataque, decidiu os jogos. Tudo tem dado certo.
O Atlético está com um ótimo sistema defensivo porque, quando perde a bola, defende com oito jogadores: quatro defensores, os dois volantes e mais Danilinho e Bernard. Os dois marcam ao lado dos volantes e ainda chegam à frente. Quando a equipe recupera a bola, ataca com, no mínimo, cinco jogadores, Danilinho, Bernard, Jô, Ronaldinho e mais um lateral ou um volante. É uma correria organizada.
Tostão (O Tempo, de BH)
11 de julho de 2012
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