Nada mais me surpreende neste grande bordel que
um dia foi a promissora República Federativa do Brasil.
O mais lamentável é que não consigo vislumbrar
no horizonte político o raiar de algum indício de melhora; ao contrário.
É desalentador ver uma nação, vocacionada para
conduzir, ser conduzida por porteiros de casas de tolerância de quinta
categoria.
O gigante continua deitado, só que não mais em
berço tão esplêndido.
Apequena-se com disseminação da desfaçatez e
sente diminuir seu fulgor ante a sanha destruidora dos que teimam em reduzí-lo a
mais uma mera republiqueta terceiromundista.
Prova disso é a reportagem de Otávio Cabral,
publicada no site de VEJA, com informações sobre o escândalo dos aloprados,
descoberto em 2006.
Em conversas com amigos, o delegado Edmilson
Pereira Bruno, da Polícia Federal, revelou que tanto o então presidente Lula
quanto o hoje ministro Aloizio Mercadante, à época candidato a governador de São
Paulo, sabiam da montagem de um dossiê contendo acusações forjadas para
prejudicar o adversário tucano José Serra.
A gravidade das revelações é ampliada pela paralisação das investigações, determinada pelos superiores de Bruno.
A gravidade das revelações é ampliada pela paralisação das investigações, determinada pelos superiores de Bruno.
Essa obscenidade adicional ilumina as
profundezas do submundo da política e escancara a face verdadeira da escória que
governa o Brasil desde 2003.
De costas para o cumprimento do dever, o então ministro da Justiça mostrou-se preocupado com um único detalhe: queria saber se o nome de Lula aparecia naquela conspiração.
De costas para o cumprimento do dever, o então ministro da Justiça mostrou-se preocupado com um único detalhe: queria saber se o nome de Lula aparecia naquela conspiração.
Em vez disso, deveria, por exemplo, enquadrar o
diretor executivo da PF, Severino Alexandre, por ter orientado Gedimar Passos,
um dos detidos no hotel sobraçando a dinheirama suja, para excluir de seu
depoimento nomes estrelados.
Também o superintende Geraldo Araújo se valeu
do cargo para dificultar as investigações.
A trama descambou para o campo da criminalidade
quando um dos envolvidos comunicou ao delegado Bruno que temia por sua vida
porque a a missão que lhe fora atribuída era do conhecimento de Lula, Mercadante
e dos principais dirigentes do PT.
A pergunta é inevitável: se Gedimar temia ser
morto, de quem partiria a ordem para eliminá-lo?
Distanciados da razão, Lula e o PT já não se
preocupam em pelo menos disfarçar suas transgressões.
Confiantes na impunidade perpétua, perambulam
faceiros pelos sinuosos caminhos da arrogância e fazem, convencidos de que se
tornaram inatingíveis.
Engano.
Pode demorar, mas haverá de chegar o dia em que
serão obrigados a prestar contas à Justiça.
A inquietação decorrente dessa realidade
perturbadora é potencializada pela constatação de que o o líder supremo de um
governo que encalhou num pântano de escândalos é festejado pelos seguidores como
benfeitor da humanidade.
Semialfabetizado, recebe títulos e honrarias reservadas somente aos doutos e é frequentemente convidado para conferências caríssimas.
Semialfabetizado, recebe títulos e honrarias reservadas somente aos doutos e é frequentemente convidado para conferências caríssimas.
Na deformação haddadiana concebida, o apedeuta
ridiculariza o erudito.
Na inconsequência tomasiana assumida, o mito vulgariza a lei.
Na Era da Mediocridade, Lula debocha dos brasileiros e o PT devasta o BrasiL.
Na inconsequência tomasiana assumida, o mito vulgariza a lei.
Na Era da Mediocridade, Lula debocha dos brasileiros e o PT devasta o BrasiL.
12 de julho de 2012
Augusto Nunes
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